Assaltos, vandalismo e violência. Recordamos os últimos episódios de desacatos na noite do Porto

Assaltos, vandalismo e violência. Recordamos os últimos episódios de desacatos na noite do Porto
| Porto
Porto Canal

Os desacatos e incidentes na noite do Porto não são caso novo na cidade. Os primeiros meses de 2023 foram, no entanto, marcados por vários episódios de agressões, violência e crime nas ruas da 'Invicta', casos que deram força à exigência de um reforço de meios policiais no Porto. Três semanas depois da ordem de encerramento "urgente" e "imediato" da discoteca Eskada, o Porto Canal recorda os episódios de violência na noite do Porto.

Começamos por recuar à noite de 31 de março de 2023, quando universitários foram sequestrados e ameaçados com uma pistola à porta da discoteca Via Rápida no Porto. Os dois estudantes universitários foram retidos durante mais de uma hora e ameaçados com uma faca e uma pistola. Os estudantes foram abordados por dois homens quando caminhavam numa rua próxima da discoteca, tendo a dupla criminosa forçado os universitários a deslocarem-se, a pé, até ao bairro de Ramalde. E foi aí que, sempre sob ameaça, os jovens foram obrigados a entregar todos os cartões bancários e respetivos códigos. Seis meses depois, em setembro de 2023, um dos assaltantes foi detido e colocado em prisão preventiva.

Avançamos até abril quando um homem foi baleado durante uma rixa entre dois grupos à porta do Sob Escuta Bar, na rua da Alegria. A vítima foi atingida de raspão numa perna e na nuca. Poucos dias, o Ministério da Administração Interna impôs o fecho do espaço em causa.

Já em maio, o Porto Canal noticou os episódios frequentes de violência na zona de Serralves, no Porto. A onda de assaltos a carros e lojas havia começado há já vários meses, tendo ganho aumentado em frequência e grau de violência nessas últimas semanas. Ao Porto Canal, os comerciantes e moradores da zona relataram que todos os dias, a qualquer hora, havia carros e lojas assaltadas em diversas ruas adjacentes à Fundação de Serralves. Os lojistas da zona pediram mais policiamento para prevenir os furtos, tendo a Câmara Municipal do Porto alegado à época que o problema não era da competência da autarquia.

Os meses passam, a criminalidade continua e em setembro os episódios de violência e desacatos em frente a discotecas voltam a estar em destaque.

 
 
 
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A Discoteca Eskada Porto, na rua da Alegria, alvo de frequentes queixas devido ao barulho, perturbação de ordem pública e vandalismo, foi encerrada de forma provisória. O decreto surgiu a partir de ordem do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro. O despacho destacava “alegadas agressões envolvendo funcionários ou seguranças privados da discoteca e episódios entre clientes – com vários deles a receber assistência hospitalar”.

“Dado o perigo de perturbação para a ordem, segurança e tranquilidade públicas, que decorre do alarme social gerado pela repetição constante dos factos relatados pela PSP, a reabertura do Eskada Porto fica sujeita à adoção das medidas que a Polícia considere necessárias para a reposição das condições de segurança e do normal funcionamento da discoteca”, avançou na altura ao Porto Canal o Ministério da Administração Interna.

Mais recentemente o Porto Canal noticiou um novo caso de criminalidade na cidade do Porto, desta vez junto ao Bairro do Cerco, em Campanhã, em que um homem com cerca de 40 anos foi baleado.

De acordo com a PSP, o carro suspeito era "uma viatura anteriormente roubada pelo método de carjacking e suspeita de ter sido utilizada em vários roubos a postos de abastecimento de combustível", acrescentando que "em circunstâncias ainda não esclarecidas, polícias envolvidos na abordagem efetuaram vários disparos contra a viatura, atingindo dois dos ocupantes". 

Segundo informações a que o Porto Canal teve acesso, o condutor do carro acabou por ser baleado e morreu no local em consequência dos ferimentos. O outro homem do grupo também ficou ferido e foi levado para o hospital. O grupo em questão é suspeito de ter cometido diversos crimes de roubo nas últimas semanas, nas zonas de Paredes, Santa Maria da Feira e no Grande Porto.

Porto Canal

Esta segunda-feira, será apresentada uma moção pelo grupo municipal de Rui Moreira que defende um “investimento efetivo na segurança pública da cidade”. 

O grupo municipal defende um reforço de meios e efetivos policiais e aponta o dedo ao Estado, cujo investimento em matéria de segurança “não é consentâneo com aquele que a Câmara Municipal faz há já vários anos na prevenção e combate do crime”. No texto, o movimento insta ainda o Ministério da Administração Interna a “empenhar-se mais na procura de soluções que reforcem a segurança pública na cidade” e pede mais polícias para a Polícia Municipal do Porto, cujo quadro de 277 agentes se encontra deficitário em 86.

O tema da segurança está na agenda da autarquia portuense que, para esta segunda-feira, tem agendada uma sessão extraordinária com o objetivo de discutir “a segurança na cidade do Porto”.

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