Homem morto pela PSP no Porto praticava os crimes mesmo estando com pulseira eletrónica
Porto Canal
O homem que morreu baleado por um agente da PSP, durante uma abordagem policial, na passada terça-feira, junto do Bairro do Cerco, em Campanhã, no Porto, praticava os crimes mesmo estando a ser vigiado com pulseira eletrónica por violência doméstica contra a ex-companheira.
O suspeito andava a ser procurado pela polícia por causa de assaltos à mão armada, um carjacking e vários furtos. “Nando Extrilho”, nome pelo qual era conhecido, tinha três comparsas, um homem que também foi baleado pela PSP e duas mulheres.
Segundo informações que o Porto Canal teve acesso, o condutor do carro acabou por ser baleado e morreu no local em consequência dos ferimentos. O outro homem do grupo também ficou ferido e foi levado para o hospital, não se sabendo ainda a gravidade dos ferimentos.
De acordo com a PSP o carro suspeito era "uma viatura anteriormente roubada pelo método de carjacking e suspeita de ter sido utilizada em vários roubos a postos de abastecimento de combustível", acrescentando que "em circunstâncias ainda não esclarecidas, polícias envolvidos na abordagem efetuaram vários disparos contra a viatura, atingindo dois dos ocupantes".
O grupo em questão é suspeito de ter cometido diversos crimes de roubo nas últimas semanas, nas zonas de Paredes, Santa Maria da Feira e no Grande Porto. Um dos últimos alvos do gangue foi um posto de abastecimento de combustível, assaltado na manhã desta terça-feira.
A investigação da Polícia Judiciária decorre a par com o inquérito instaurado pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e que será dirigido pela Inspeção-Geral da Administração Interna para apurar as circunstâncias em que atuaram os elementos da PSP.