Ambiente no Eskada está “mais calmo”

Ambiente no Eskada está “mais calmo”
Foto: Ana Francisca Gomes | Porto Canal
| Porto
Porto Canal

Um mês depois da reabertura, o ambiente em torno do Eskada “tem estado mais calmo”. É a garantia de um dos moradores da rua da Alegria, que testemunhou ao longo dos últimos anos os problemas crescentes de ruído e violência que culminaram no encerramento compulsivo do espaço de diversão noturna a 25 de setembro.

O espaço reabriu portas no passado dia 28 de outubro, após ter visto a sua diversão “selada”, durante um mês, no âmbito de uma ordem de encerramento decretada pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

Até ao momento, o cenário de acalmia substituiu o ambiente de violência que durante anos foi denominador comum.

“Não temos visto confusões ou pancadaria” e “não temos tido razões de queixa como tínhamos antes”, “a bem da verdade as coisas estão melhores”, completa o morador que pede para manter o anonimato.

Um facto que, segundo o residente, não é uma ‘verdade científica,’ mas sim “uma incerteza que pode mudar a qualquer momento”, podendo estar relacionada com a menor adesão de clientes aquela discoteca.

“Aquilo tem estado muito parado”, “há menos gente”, uma situação que na opinião do vizinho daquele espaço noturno pode estar associada “a vários fatores”, como por exemplo ao estado do tempo na cidade do Porto.

Recorde-se que já antes do encerramento do Eskada Porto, alguns vizinhos tinham relatado ao Porto Canal os cenários de violência, os gritos e o sentimento de insegurança que sentiam por viverem a dois passos daquela discoteca.

“Dizem que o Brasil é perigoso. Já fui para o Rio de Janeiro de férias e senti-me mais seguro lá do que aqui. Não sinto que possa sair de casa em segurança depois da meia-noite e deixar o carro na rua é impensável”, disse na altura um dos moradores.

 
 
 
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A decisão da reabertura do Eskada Porto foi imposta mediante vistorias efetuadas pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Aquando o encerramento, o MAI explicou ao Porto Canal que iria ser incrementado um sistema de videovigilância, bem como o reforço do número de seguranças privados com a alocação de mais elementos e a eleição de um diretor de segurança.

Ao Porto Canal, o vizinho do espaço noturno realça que “não há” policiamento na rua da Alegria, contrariando aquilo que estava à espera.

Para além das medidas acima mencionadas, foi ainda estabelecido “um mecanismo de contacto célere" entre os responsáveis do estabelecimento e a PSP.

Este mecanismo permitirá, por exemplo, a comunicação atempada dos eventos a ser efetuados naquele espaço bem como a identificar potenciais situações de risco e proceder à comunicação de qualquer ocorrência criminal no estabelecimento ou relacionada com a atividade do mesmo”, lê-se na resposta partilhada.

O Porto Canal contactou o gerente do Eskada Porto para saber em que moldes estas regras estão a ser cumpridas, que até ao momento não prestou qualquer esclarecimento adicional.

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