Corrupção no Benfica. Contas bancárias de árbitros investigadas pelo Ministério Público
Porto Canal
Foi revertido o sigilo bancário de um grupo de individualidades ligadas ao futebol português, uma lista que inclui árbitros, ex-árbitros, observadores e o ex-diretor da BTV, Pedro Guerra, suspeitos de terem recebido somas avultadas de dinheiro para ajudar o Benfica a vencer jogos nas competições portuguesas. Este é mais um capítulo no rol de longas investigações e acusações que nos últimos meses têm assolado o universo benfiquista.
Esta informação foi avançada pela TVI/CNN Portugal, segundo a qual os procuradores encontram-se a investigar os registos financeiros de todos os envolvidos de forma a averiguar suspeitas de corrupção desportiva através de recebimentos indevidos. De acordo com a estação televisiva, a lista é composta pelos nomes de Nuno Cabral, Manuel Mota, Paulo Batista, Ferreira Nunes, Bruno Paixão, Pedro Guerra, Jorge Ferreira, Bruno Esteves, Adolfo Oliveira, Vasco Santos, Hugo Pacheco, Adão Mendes e Deus Pereira.
No final de fevereiro, a mesma TVI/CNN Portugal noticiou a teia de corrupção que envolve o pagamento, por parte do Benfica, a jogadores do Vitória de Setúbal e Belenenses para ganhar ao FC Porto.
Por sua vez, o Correio da Manhã, através da sua edição impressa desta sexta-feira, inclui neste lote de suspeitos os nomes de Hugo Miguel e Bruno Esteves, ex-árbitros e atuais VAR da Federação Portuguesa de Futebol.
Ferreira Nunes, que já admitiu ter viajado de borla até à Alemanha para ver o Benfica, através de Paulo Gonçalves (há dias condenado no caso E-toupeira), é um dos visados nesta investigação. O antigo vice-presidente do Conselho de Arbitragem, responsável pela secção de classificações dos árbitros de futebol, confirmou recentemente o uso dos pseudónimos “atento.arbitragem” e “Frankc Vargas” para comunicar sob disfarce com gente ligada ao emblema da Luz.
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Segundo a TVI/CNN Portugal, Adão Mendes é um dos visados no levantamento do sigilo bancário. O antigo árbitro e observador da Liga da FPF ficou conhecido pela utilização dos nomes “padres” e “missas” em correspondência trocada com Pedro Guerra, ex-diretor da BTV e atual comentador do Correio Manhã, tendo reconhecido em tribunal que tratava Luís Filipe Vieira por “primeiro-ministro”.
Bruno Paixão figura também nesta lista de visados pelo Ministério Público, dias depois de ser conhecido que a 'Questãoflexível', empresa para a qual o ex-árbitro trabalhou, foi acusada, juntamente com a SAD do clube da Luz, a Benfica Estádio, Luís Filipe Vieira e Domingos Soares de Oliveira, de fraude fiscal.
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Tal como o Porto Canal noticiou, o novos escândalos que envolvem o clube da 'Luz' têm sido amplamente difundidos pela imprensa internacional, um conjunto de episódios que tem colocado em causa o nome do futebol português.