Câmara de Estarreja reitera "alternativa zero" quanto ao traçado da alta velocidade

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Porto Canal/Agências

A Câmara de Estarreja reiterou esta sexta-feira a sua posição contra o traçado da futura linha de alta velocidade, após ser conhecido o parecer favorável, ainda que condicionado, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

“A posição da Câmara Municipal de Estarreja, em sede de consulta pública do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), foi pela adoção da ‘alternativa zero’ atendendo aos fortes, negativos e permanentes impactes no território do concelho de Estarreja, seja em termos sociais, ambientais ou económicos, e essa posição mantém-se”, refere a autarquia, em nota enviada à Lusa.

Em reação à Declaração de Impacte Ambiental agora emitida, o executivo municipal admite fazer “uma análise mais aturada e técnica”, mas garante o seu apoio a todos os munícipes “que veem as suas vidas impactadas negativamente por este projeto, reafirmando a defesa dos seus interesses, mantendo-se sempre ao seu lado, e dos interesses do concelho".

A APA deu parecer favorável condicionado ao traçado Porto-Aveiro da futura linha de alta velocidade ferroviária até Lisboa, implicando a demolição de mais de 100 casas, segundo a Declaração de Impacto Ambiental (DIA).

"Ponderando os impactes negativos identificados, na generalidade suscetíveis de minimização, e os impactes positivos significativos perspetivados, emite-se decisão favorável condicionada", pode ler-se na DIA emitida.

Com a decisão, a APA condiciona o parecer favorável à adoção de alternativas de traçado específicas, nomeadamente as alternativas de traçado 1.3 ILAB (interligação com a Linha do Norte A-B) no trecho 1 (percorre os concelhos de Oliveira do Bairro, Aveiro, Albergaria-a-Velha, Estarreja, Oliveira de Azeméis) e a alternativa 2.4 no trecho 2 (percorre Estarreja, Oliveira de Azeméis, Ovar e Santa Maria da Feira).

De acordo com a síntese do projeto, para garantir o serviço de alta velocidade na atual estação de Aveiro foi necessário criar uma ligação à Linha do Norte, na zona de Canelas, concelho de Estarreja, que permita a ligação de e para norte entre a Linha do Norte e a Linha de Alta Velocidade.

Esse “desvio” do TGV pela Linha do Norte em Canelas articula-se com a ligação à Linha do Norte em Oiã, de modo a garantir as ligações norte e sul, respetivamente, à estação de Aveiro atual.

O traçado proposto procura “seguir o mais possível junto aos corredores das principais vias rodoviárias, as autoestradas A1 e A29, por serem zonas “já perturbadas pelo mesmo tipo de infraestrutura, e onde também se tenta com isso, afastar o projeto das zonas mais habitadas dos concelhos”.

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