Defender Ricardo Valente? “Não é tema que a Associação deva tratar”, afirma Filipe Araújo

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Porto Canal

Filipe Araújo, recém-eleito presidente da associação Porto, o Nosso Movimento, desvalorizou a saída de Ricardo Valente do movimento e defendeu que “para uma pessoa se demitir precisa de exercer algum cargo”. Quanto à pretensão de Ricardo Valente ser defendido pelos independentes na sequência de uma reportagem da SIC, Filipe Araújo afirmou esse "não é tema que a Associação deva tratar."

O mandato de Filipe Araújo ao leme da associação Porto, o Nosso Movimento, começou de forma atribulada. Eleito no passado sábado, quase unanimemente, com 66 dos 68 eleitores, o vice-presidente de Rui Moreira viu Ricardo Valente despedir-se da Associação, em carta enviada a 10 de novembro.

O responsável pelo pelouro das Finanças, Atividades Económicas e Fiscalização, da Economia, Emprego e Empreendedorismo, não terá sentido o apoio e respaldo do ‘braço-armado’ de Moreira, e escreveu uma carta aos órgãos do movimento independente a anunciar a saída daquela que é a organização política que elegeu o autarca do Porto.

Para Filipe Araújo, o atual cenário não representa uma demissão, “porque para uma pessoa se demitir precisa de exercer algum cargo na Associação Cívica, no Movimento”, coisa que não acontece, defende o líder, reforçando que “aquilo que existe é que há um associado que sai, tão somente isso”.

Questionado sobre a falta de apoio sentida por Ricardo Valente, que terá estado na origem da decisão do vereador, como admitiu o próprio ao Porto Canal, Filipe Araújo rejeitou comentar, afirmando que “a Associação não teria nunca que se pronunciar sobre este caso. Deve-se a um tema que o Ricardo Valente terá de tratar em sede própria, ele próprio já o fez, nos meios que tem à sua disposição”, realçou.

Tirando dos holofotes o tema que abalou a política municipal da Invicta, esta segunda-feira, o líder do movimento independente admite otimismo no mandato que agora arranca, destacando o forte apoio que tem sentido, desde a sua eleição.

“Aquilo que posso dizer é que desde sábado quando assumi a presidência da Associação Cívica o que tenho sentido e recebido foi por parte de muitas pessoas o interesse em associar-se ao Movimento, o que comprova bem a vitalidade que o Movimento tem e os vários fatores que nós representamos de discutir o Porto, discutir o futuro”, acrescentou.

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