Pedro Schuller, dirigente da IL, admite candidatura própria à Câmara do Porto

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Pedro Schuller, membro da Assembleia Municipal eleito pelo movimento de Rui Moreira, admitiu, este sábado, uma candidatura própria da Iniciativa Liberal à Câmara do Porto nas próximas eleições autárquicas, em 2025. O ex-coordenador local da IL questionou ainda a viabilidade política dos independentes depois de Rui Moreira.

"Eu acho que, dentro do seio do seu Movimento, aquilo funcionava um bocadinho mais por aclamação do que outra coisa e tenho algumas dúvidas sobre a continuidade daquela solução política de forma independente", afirmou Pedro Schuller, em exclusivo ao Porto Canal, durante a VII Convenção da IL, que decorre no Centro de Congressos de Lisboa até domingo.

"A IL está a preparar-se para desenhar o seu programa, a sua política de cidade para estar o mais preparada e ter a proposta mais forte possível para se apresentar em 2025. Não é fácil dizer a esta distância, nem me caberá a mim essa decisão. Acho que o Porto tem sido bem servido do ponto de vista autárquico. A solução que se encontrou é interessante para a cidade. Apresentar um candidato próprio deve ser o objetivo da Iniciativa Liberal, ou pelo menos temos de conseguir trabalhar para isso para ter essa alternativa quando chegar a altura", realçou Pedro Schuller.

As declarações do jovem dirigente da IL, candidato pelas listas de Rui Rocha à direção nacional do partido que ficará definida este fim-de-semana, confirmam o “clima de mau estar” na relação entre os liberais e o Movimento de Rui Moreira, como lhe chamou fonte do movimento, ao Porto Canal, aquando da demissão de Fátima Ferreira da Silva da direção da bancada.

Uma demissão após “pura demagogia”

Fátima Ferreira da Silva, militante da IL, abandonou a direção da bancada de Rui Moreira na Assembleia Municipal, depois de uma troca de acusações sobre o consumo de droga na freguesia de Massarelos e Lordelo do Ouro.

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Rui Moreira acusou Fátima Ferreira da Silva de fazer “pura demagogia” sobre o combate ao consumo de droga na Invicta

Durante o período dedicado à apreciação da atividade do município, Fátima Ferreira da Silva referiu-se ao "ambiente de insegurança que se vive” com o consumo de substâncias ilícitas nas imediações do jardim do Fluvial. “Não temos tido reações dos moradores, mas o ambiente que se vive está cada vez mais pesado em termos de segurança“, disse a eleita, dando, como exemplo, o elevado número de tendas de campismo, “relatos de crianças que são abordadas” por toxicodependentes, “assaltos à luz do dia” e vários “dejetos de seringas”.

Em resposta à deputada, Rui Moreira salientou que as questões de proteção e segurança não dependem da Câmara, mas do Ministério da Administração Interna e da Polícia da Segurança Pública (PSP). O autarca acusou ainda a deputada do movimento independente de fazer “pura demagogia”, algo que não aprecia no seu movimento.

Na Assembleia Municipal, têm sido várias as votações em que os independentes eleitos pelas listas de Rui Moreira têm divergido da orientação de voto da bancada. Isso mesmo ocorreu aquando da votação da proposta para a suspensão de novos registos de estabelecimentos de Alojamento Local, os três militantes da Iniciativa Liberal abstiveram-se.

IL exige mais do que ser “figura decorativa do movimento”

Em novembro, o presidente da concelhia da Iniciativa Liberal, afirmou que o partido não quer ser uma “figura decorativa.”

Após enviar um conjunto de propostas para as juntas de freguesia no Porto, Ricardo Gouveia explicou que aquele documento era “entregue no contexto do trabalho que é feito com a bancada do movimento Aqui Há Porto!. O documento foi, no entanto, recebido com “estranheza” pelo movimento de Rui Moreira. Fonte dos independentes lembrou que Iniciativa Liberal e independentes “foram eleitos na mesma lista (Aqui há Porto!) e não em acordo” pós-eleitoral, pelo que não deveria haver propostas isoladas.

Ricardo Valente, vereador liberal, abandonou movimento

A escolha de Filipe Araújo para a liderança da associação Porto, o Nosso Movimento foi sucedida por uma saída inesperada. Poucas semanas antes da eleição, Ricardo Valente, membro do executivo e militante da Iniciativa Liberal, abandonou o movimento independente de Rui Moreira.

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Ricardo Valente não terá sentido o apoio e respaldo do ‘braço-armado’ de Moreira

O vereador apresentou a demissão da associação cívica Porto, o Nosso Movimento, na sequência de uma reportagem da SIC. O envio da carta cinco dias depois da notícia da SIC foi confirmado ao Porto Canal por Ricardo Valente, que recusa, no entanto, divulgar o conteúdo “por respeito” ao movimento. Duas fontes da associação cívica que apoia Rui Moreira asseguram o tom “forte” das críticas endereçadas pelo vereador.

Em resposta, Filipe Araújo afirmou ao Porto Canal que defender Ricardo Valente “não é tema que a Associação deva tratar.”

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