Lisboa, 14 out (Lusa) -- A compra de um carro novo a gasóleo vai ficar mais cara em 2017, devido a um agravamento de 3% no Imposto sobre Veículos (ISV), previsto na proposta do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017).

Segundo a simulação da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), a variação do preço de venda ao público dos automóveis a gasóleo resulta do agravamento do ISV, através da componente cilindrada e da componente ambiental, medida pelas emissões poluentes da viatura.

No caso do gasóleo, o modelo mais penalizado é o Toyota Novo Auris 1.4, com um aumento de 3,5% no ISV, o que na prática significa um acréscimo de 50 euros no imposto.

Mas os aumentos do ISV nos carros a 'diesel' ainda que percentualmente inferiores, podem atingir as centenas de euros, como no caso do BMW Touring LCI, em que o aumento resultante do agravamento do ISV é de quase 750 euros.

Já nos veículos a gasolina, a tendência é mista, segundo a simulação da ANECRA com 37 modelos de automóveis, que mostra que os menos poluentes passem a pagar menos ISV em 2017 do que em 2016.

É o caso do Fiat 500 série 4 com uma redução de 16,7% no ISV (menos cerca de 25 euros), que resulta da combinação de uma cilindrada de 875 centímetros cúbicos, associado a emissões de CO2 de 99 gramas por quilómetro.

Em contrapartida, um BMW Gran Turismo terá um agravamento de 4% no ISV (cerca de 273 euros), motivado pela cilindrada e pelas emissões poluentes.

Ainda no domínio do ISV, o Governo cria um incentivo às empresas de locação de veículos para que disponibilizem nas suas frotas veículos adaptados a pessoas com deficiência.

O ISV é um imposto pago uma única vez, que incide sobre a primeira matriculação de um veículo em Portugal, aplicado aos veículos novos e aos "importados", usados ou não, sendo que neste caso, quem paga o imposto é quem importa o veículo.

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