Adiar devolução de sobretaxa de escalões altos distribui rendimentos nos mais baixos - PS

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 14 out (Lusa) - O porta-voz do PS defendeu hoje como adequada "a ponderação" feita pelo Governo de adiar a devolução da sobretaxa integral para os escalões mais altos, justificando-a com uma "maior distribuição de rendimentos aos escalões mais baixos".

"O PS sempre disse que a sobretaxa acabaria em dois anos, 2016 e 2017, esse foi o compromisso eleitoral que estabelecemos e é isso que estamos a fazer. No Orçamento do ano passado, de facto, foi estabelecido que a sobretaxa acabaria a 01 de janeiro de 2017 para todos os contribuintes. Por razões de escolha política e a necessidade de financiar outras medidas, foi feita uma ponderação pelo Governo", afirmou João Galamba.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado e dirigente socialista defendeu que "essa ponderação é adequada" para conseguir "uma maior distribuição de rendimentos aos escalões mais baixos, sobretudo nos pensionistas".

"Adiamos a devolução da sobretaxa integral para os escalões mais altos para mais tarde, ainda assim, o compromisso inicial do PS de acabar integralmente a sobretaxa em 2016 e 2017 será integralmente cumprido. É preciso dizer que o Governo anterior só acabaria com ela em 2019", sublinhou.

João Galamba afirmou que "todas negociações são difíceis" e as conduzidas para o atual Orçamento também, mas não se pronunciou sobre nenhuma medida concreta.

"Tornar compatíveis exigências de Bruxelas com as exigências dos partidos à nossa esquerda é um exercício difícil mas é um exercício que o Governo tem conduzido com grande competência e tem produzido resultados, nomeadamente, dois Orçamentos do Estado que fazem isso mesmo", disse.

"Penso que todas as partes reveem-se no documento final e acho que estão contentes com o Orçamento apresentado", acrescentou.

João Galamba começou por afirmar que "PSD e CDS andam há vários meses a falar de brutais aumentos de impostos absolutamente inexistentes e, no caso do Orçamento de 2017, isso repete-se".

"Mas mais importante do que baixar a carga fiscal é aumentar a justiça da distribuição da carga fiscal e, isso, sem dúvida, este Governo tem feito. Este Orçamento, à semelhança do Orçamento anterior, aposta novamente na devolução de rendimentos das famílias portuguesas, com particular incidência nos pensionistas mais pobres, sobretudo aqueles que ficaram excluídos de quaisquer atualizações nos últimos anos", disse.

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