Rui Moreira defende que acesso ao TIC deve ser condicionado
Porto Canal
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, reconhece que há “um problema com o acesso de veículos particulares e principalmente TVDEs” no acesso rodoviário ao Terminal Intermodal de Campanhã (TIC). Para tal, o autarca quer criar um modelo semelhante ao que existe no aeroporto do Porto, ou criar uma nova Zona de Acesso Automóvel Condicionado (ZAAC).
O tema foi levantado pela líder do grupo municipal do Bloco de Esquerda, Susana Constante Pereira. A bloquista defende a “implementação de um estudo sobre o funcionamento do Terminal Intermodal de Campanhã, com enfoque no acesso rodoviário ao mesmo”. Em resposta, Moreira frisou que, apesar de não implementarem essas medidas de início, “é provável que elas tenham de ser aplicadas, como são aplicadas noutras cidades”.
“Provavelmente vamos ter que implementar ali um modelo semelhante às ZAACs e semelhante ao que acontece nos aeroportos, porque estamos com uma situação em que vão para lá carros esperar que apareça um passageiro”, afirmou Rui Moreira.
Susana Constante Pereira relatava que, devido aos problemas no acesso rodoviário ao TIC, “muitas das pessoas que utilizam transportes públicos, do ponto de vista da mobilidade pendular, têm chamado a atenção para que há atrasos de 40 minutos na chegada ao Porto depois de uma viagem de uma hora.”
As ZAAC, Zonas de Acesso Automóvel Condicionado, implementadas no Porto são zonas onde “o acesso, a circulação rodoviária, a paragem e o estacionamento dentro dos seus limites estabelecidos, estão sujeitos a regulação”, refere a autarquia. O acesso automóvel é “feito de forma condicionada e sujeito ao registo numa plataforma desenvolvida para o efeito”, pode ler-se.
No aeroporto do Porto, o acesso automóvel para tomada e largada de passageiros teve novas regras. A medida implementada em 2015, permite que os veículos permaneçam naquelas zonas de forma gratuita até 10 minutos, sendo taxada a partir desse limite.