Plano de Urbanização. O que está a ser pensado para Campanhã?

| Porto
Porto Canal

“O Plano de Urbanização de Campanhã representa uma verdadeira revolução urbanística”. Este é o mote de Rui Moreira, ao apresentar o projeto que pretende gerar uma “nova centralidade capaz de resgatar a zona oriental de décadas de abandono, decadência e descaracterização”.

Nesse sentido, o que está a ser pensado para a zona de Campanhã promete torná-la “irreconhecível”, através de uma “ampla intervenção urbanística” e de “profundas alterações”.

Porto Canal

Mas, na prática, o que é que poderá vir a acontecer em Campanhã?

O Plano de Urbanização de Campanhã vem de mãos dadas com o projeto ferroviário de Alta Velocidade, mas, até avançar, ainda faltam alguns meses. De acordo com o vereador da Câmara Municipal do Porto, Pedro Baganha, ainda faltam “12 a 24 meses para terminar o plano de urbanização”, que foi apresentado esta quarta-feira. “Ele não está fechado. Inicia-se agora. Até para dar a oportunidade à participação dos cidadãos e a toda a tramitação”.

Ao volante do projeto está o arquiteto catalão Joan Busquets, que em entrevista ao Porto Canal, revela que o “projeto acaba em outubro”. Fala na data como “uma etapa interessante, porque depois deste projeto, há que fazer o túnel, há que fazer o concurso para todo o sistema ferroviário, por isso é importante definir datas”.

Na apresentação do Plano de Urbanização de Campanhã, o arquiteto avançou com alguns esboços do que poderá estar a ser pensado para concretizar a “revolução urbanística” de que a autarquia fala e que vai deixar o território que circunda a Estação de Campanhã “irreconhecível”.

Novo túnel em Campanhã

Um dos pontos pensados para fazer também parte do plano urbanístico, de acordo com Pedro Baganha, é a criação de um túnel rodoviário “na continuação da rua do Godim, a sul da Avenida 25 de abril, que passa por baixo da ferrovia e que permite fechar o tal anel de distribuição rodoviário”.

“Na verdade, não é um túnel, porque usa a rua que existe ao lado do Oriente 2000. Continua-se esta rua, passa debaixo da ferrovia, e é o que chamamos um túnel, porque passa debaixo da ferrovia”, diz o arquiteto. Busquets adianta que “simplesmente é continuar a rua que existe neste momento e, do outro lado, vai parar na entrada do TIC”.

“Não é um túnel muito complicado, porque é a prolongação de uma rua existente, e isso sim permite claramente uma conexão, muito fácil e muito direta, entre o lado Poente e Nascente. Este é um elemento muito importante porque automóveis que venham do Porto e vão para a estação de alta Velocidade vão passar por esta rua, que permite um acesso muito direto”, diz Joan Busquets.

O “anel híbrido”

Uma das prioridades na execução do plano – e um dos principais problemas que a zona de Campanhã enfrenta neste momento – prende-se com a mobilidade.

Nesse sentido, uma das soluções possíveis e que foi apresentada pelo arquiteto do projeto, Joan Busquets, passa pela criação de um “anel híbrido” que, de acordo com o vereador do urbanismo, se trata de um “conjunto de arruamentos existentes e propostos que vão constituir, no fundo, uma nova forma de distribuição do tráfego automóvel à volta da estação, resolvendo dessa forma o efeito barreira”.

“Estação de duas faces”

Outra alteração no território em torno da estação de Campanhã e que está assinalado no esboço do arquiteto responsável pelo projeto é “uma estação de duas faces”, referida por Pedro Baganha.

“A estação só tem uma cara, que se virava para a cidade que estava construída, a ocidente. Mas hoje temos muito mais cidade também para oriente de Campanhã. Esta é a oportunidade de passarmos a ter uma estação não só de uma só face, mas de duas”, referiu.

Nesse sentido, de acordo com o vereador, “o que está a ser proposto é um edifício ponte, uma estação ferroviária por cima das linhas de caminho-de-ferro, com uma nova fachada. Uma nova gare, uma nova porta virada a oriente, ao nó da Bonjóia.”

A nova ponte, que vai atravessar as vias ferroviárias vai nascer, anunciou ao Porto Canal Joan Busquets, “ao lado do edifício histórico, antigo, da estação a poente e isso permite dar um acesso desde a praça atual da estação de Campanhã. Do outro lado aparecerá uma nova praça, que irá ter um acesso direto – do ponto de vista dos automóveis – terá um acesso direto desde a circular interior, onde haverá um estacionamento para bicicletas, para automóveis. De forma independente dos elementos que já existem.”

Desta forma, revela o arquiteto, “as pessoas que vão apanhar o metro entram do lado poente e através desta ponte vai fazer-se o acesso à parte da Alta Velocidade”.

+ notícias: Porto

São João no meu bairro. Saiba onde celebrar o padroeiro do Porto nas freguesias da cidade

O São João do Porto vai além da noite de 23 para 24 de junho. Nas freguesias da cidade, as festividades arrancam no dia 18 com concertos em diversos palcos.

 

IL junta-se ao PSD no Porto e integra coligação encabeçada por Pedro Duarte

A IL decidiu este domingo concorrer em coligação à Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas, apoiando o candidato do PSD, o ex-ministro Pedro Duarte.

Câmara do Porto aprova instalar Polícia Municipal em Francos

A Câmara do Porto decidiu esta segunda-feira concentrar os serviços da Polícia Municipal na estação de Francos da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), partilhando as instalações com a empresa por 30 anos e 21.897 euros mensais.