Seis meses depois, como funciona o Terminal Intermodal de Campanhã?

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A procura aumentou “subitamente” com o encerramento do Terminal do Campo 24 de Agosto e a consequente transferência da operação da Rede Expressos para Campanhã. Por dia, mais de 20 mil pessoas passam pelo terminal intermodal, inaugurado a 20 de julho de 2022. Quase seis meses depois, Teresa Stanislau, gestora da empresa municipal, compara a estrutura com um “ser vivo” que ainda está “a afinar” a sinalética e a intermodalidade do espaço.

Quem o viu e quem o vê. Quem hoje visita o Terminal Intermodal de Campanhã (TIC) encontra uma estrutura com vida, com um fluxo de passageiros quase constante e uma azáfama de entrada e saída de autocarros que preenche a zona envolvente e o interior do terminal. Com o encerramento da estrutura do Campo 24 de Agosto, toda a operação da Rede Expressos foi transferida para Campanhã. São agora sete as operadoras em funcionamento neste terminal e os pedidos de novas linhas e ligações obrigam à constante adaptação do espaço. “O terminal é muito versátil, todos os dias acompanhamos o que aqui se passa. Com a vinda da Rede Expressos, a 22 de novembro, subitamente tivemos um acréscimo muito grande do número de autocarros a entrar no terminal. Criamos uma zona de cais extra, do lado do parqueamento de autocarros, precisamente para permitir que isto se vá fazendo”, explica Teresa Stanislau, gerente da STCP Serviços. Ao contrário do que acontece noutras estruturas, em Campanhã, não existem cais fixos por rota. O cais é “utilizado de forma a maximizar o uso do espaço” ou seja, vai rodando entre as operadoras de transporte.

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Falta de sinalização preocupa utilizadores

Em outubro de 2022, quando o Porto Canal visitou as instalações do TIC, os utilizadores queixavam-se da falta de sinalização e dos problemas de intermodalidade. Muitos dos passageiros desconheciam a ligação, ainda inacabada, entre o terminal e a estação de metro e acabavam por fazer um percurso mais longo, pelo exterior, que representava mais de 10 minutos de caminhada. Agora, com o aumento da procura, a gestão da estrutura continua a trabalhar no melhoramento da sinalética. “Quem hoje vem ao terminal não se lembra do que isto era, portanto, têm dificuldade em perceber o espaço e onde se localiza a estação de comboio, a própria rede de autocarros e de metro. O primeiro impacto do passageiro quando chega ao terminal, no sentido de perceber para onde vai, é a parte que está menos afinada. É nisso que estamos a trabalhar neste momento”, refere Teresa Stanislau. Nesse sentido, foram feitas alterações na sinalética do espaço e até já foi reforçada a equipa técnica, por um período temporário, que auxiliou os passageiros na deslocação entre estações.

Cais sem perfil para rotas urbanas

Tal como o Porto Canal noticiou pouco tempo depois da inauguração, operadoras privadas de transporte manifestaram rejeição face ao novo terminal. Fonte da administração da Gondomarense defendeu que o Terminal Intermodal de Campanhã não tinha um perfil para carreiras urbanas.
Seis meses depois da entrada em funcionamento, o Terminal Intermodal de Campanhã tem apenas uma rota urbana em funcionamento e embora outras empresas urbanas possam operar a partir do TIC, o cais apresenta uma condicionante. “Todas as empresas de transporte que o pretendam fazer, podem fazê-lo, não é um impedimento. Efetivamente os cais são ligeiramente mais altos e os autocarros urbanos têm os pisos mais rebaixados e por isso, a crítica era precisamente nesse sentido”, explica a gestora do terminal. Ainda assim, Teresa Stanislau garante que o cais pode receber mais rotas urbanas.

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Obras por concluir

Com a construção do terminal, foi aberto um túnel, ainda em fase de acabamentos, que liga diretamente o terminal rodoviário e a estação de metro de Campanhã. A obra deveria estar concluída a 31 de outubro de 2022 mas os trabalhos só deverão estar concluídos no primeiro trimestre de 2023. No local, são muitos os trabalhos por realizar, sobretudo no que diz respeito à ligação às plataformas de comboio, a cargo da IP - Infraestruturas de Portugal.

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Terminal do Dragão é complemento ao TIC

Quanto ao terminal das Camélias, da Asprela, do pólo universitário e do Dragão vão funcionar em complemento com o Terminal Intermodal de Campanhã, garante a gerente do TIC. “O terminal do Dragão serve para o rebatimento das linhas que vêm da área nascente da área metropolitana e que fazem um rebatimento direto na rede urbana. Serve de complemento, é mais um ponto da rede”.
O Terminal das Camélias, em obras há vários meses, estará concluído no final deste mês.

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