Moreira ataca Metro do Porto por “atrasos sucessivos” e “situação catastrófica”

Moreira ataca Metro do Porto por “atrasos sucessivos” e “situação catastrófica”
| Porto
Ana Francisca Gomes

Na reunião de Assembleia Municipal desta segunda-feira, Rui Moreira apontou à Metro do Porto e criticou os sucessivos atrasos nas obras efetuadas pela empresa na cidade.

“Estou extremamente preocupado com o incumprimento sucessivo dos prazos que nos são dados sem explicação aparente”, confessou Rui Moreira, que ilustrou a sua preocupação com o caso da Avenida Marechal Gomes da Costa, com obras em curso para o Metrobus. Esta via deveria estar reduzida para apenas uma faixa de trânsito de cada lado durante um mês - entre o dia 15 de agosto e o dia 15 de setembro -, mas continua assim até aos dias de hoje.

“Começaram por dizer que era uma questão de arqueologia (...) depois era porque era o método construtivo. A verdade é que está a causar um grande constrangimento e aquilo que me dizem é que o Metrobus, por causa disso, já está com quatro meses de atraso, o que vai coincidir com a chegada dos veículos … deve ser um mero milagre.”

O autarca confessou extrema preocupação com “promessas que não são cumpridas”. “Preocupa-me muito a questão da linha rosa e dos constrangimentos sucessivos relativamente às frentes de obra desta linha. E já nem vou falar da inundação, que foi uma questão que me incomodou particularmente. Mas nós continuamos com tudo em frente de obra. E agora querem começar com a linha rubi...”

O autarca revelou que, em contacto com o presidente da Metro do Porto e com o Secretário de Estado da Mobilidade Urbana Jorge Delgado, informou que naquilo que depender de si não vai “permitir nenhuma frente de obra para a linha rubi que provoque qualquer constrangimento ao trânsito, seja junto à Repsol ou no Campo Alegre”. Moreira assumiu a responsabilidade desta decisão e disse não querer saber de prazos do PRR, porque “a cidade não pode morrer por causa do PRR e pelo incumprimento permanente” dos prazos dados.

“Não permitimos nenhuma frente de obra enquanto não fecharem aquelas que estão a fazer. Porque se hoje não conseguem fazer estas obras (...) vão transformar a cidade num caos, e a cidade hoje está numa situação caótica.” O independente afirmou que pode haver azar numa frente de obra, mas que não pode acontecer em todas as frentes de obra ao mesmo tempo. “Não há ninguém que vá ao casino e que tenha sempre sorte ou que tenha sempre azar”.

Rui Moreira voltou a reforçar que o Porto não tem capacidade para aguentar mais frentes de obra e que a cidade não pode ser “um campo para se fazer experimentalismos”. “Se quiserem, acabam primeiro a linha rosa, fazem o metrobus. E quando fizerem isso, o meu sucessor (que já não serei eu) há-de passar uma licença para fazerem as obras para a linha rubi. Se não houver PRR? Não há PRR. Se não houver ponte? Não há ponte. O que não podemos é ter linhas e não ter pessoas. A situação agora é catastrófica”

O presidente da autarquia garantiu que não se trata de uma questão de “politiquice”, mas ter “uma palavra a dizer sobre o que se passa na nossa cidade”.

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