"Uma onda de suspeições e bofetadas de decretada corrupção" pairam sobre o Benfica, aponta Rui Calafate

"Uma onda de suspeições e bofetadas de decretada corrupção" pairam sobre o Benfica, aponta Rui Calafate
| Desporto
Porto Canal

O Benfica tem estado, consecutivamente, na mira das autoridades, sendo associado a um sem número de processos judiciais, que questionam o seu mérito desportivo. “Mala Ciao”, “Vouchers”, “Saco Azul”, “Operação Lex” e “E-Toupeira” vão pairando sobre o emblema lisboeta, colocando um manto de incerteza sobre a legitimidade administrativa das 'Águias'. "Uma onda de suspeições e bofetadas de decretada corrupção" que os adeptos do clube da Luz esperam que não voltem a embaraçar o novo timoneiro Rui Costa e a instituição. 

O diagnóstico é feito por Rui Calafate, na sua crónica semanal para o Jornal "Record", que aponta que "há lama a conspurcar o ambiente" vivido pelos encarnados e que esta semana conheceu novo capítulo. 

O caso Alfa Semedo

Rui Calafate salienta que "o Ministério Público não desmentiu a informação de que suspeitava de corrupção na compra de um penálti do jogador do Moreirense, Alfa Semedo", que permitiu aos encarnados garantir a qualificação para a Liga dos Campeões na temporada 2017/2018.

Tudo isto se desenrolou "nos idos de Luís Filipe Vieira que continua a espalhar o seu perfume de opacidade e de negociatas e mensagens que, no mínimo, fazem franzir o sobrolho de qualquer pessoass deente", aponta. 

Paulo Gonçalves, a face visível de uma teia cada vez mais densa

Também esta semana, o ex-assessor jurídico do Benfica foi condenado a dois anos e seis meses de prisão com pena suspensa, ele "que desenvolvia atividades negras, sem que Vieira soubesse ou desconfiasse", sublinha Rui Calafate em tom de ironia. 

Paulo Gonçalves foi condenado por um crime de corrupção ativa no âmbito do processo E-toupeira. José Augusto Silva foi também condenado a cinco anos de prisão com pena suspensa. Apenas o funcionário Júlio Loureiro foi absolvido no processo de corrupção.

Assim, fica provado que o ex-assessor do clube da Luz recebeu informações, a seu pedido e não segundo o voluntarismo de José António Silva, como apresentado pela defesa sobre os muitos processos que envolvem as 'Águias'. 

Rui Calafate acrescenta que "dá sempre jeito ter um pajem que faz uns recados. alguns de teor duvidoso. Depois, se algo corre mal, temos o bode expiatório de que necessitamos e podemos imolar facilmente". 

Assim, o cronista frisa que Luís Filipe Vieira "pode ter modernizado o Benfica nos tempos iniciais, mas a sua herança eivada de máculas judiciais torna-se num pesadelo reputacional sem fim para o mandato de Rui Costa". 

 

+ notícias: Desporto

FC Porto e Sérgio Conceição prolongam contrato

O FC Porto e Sérgio Conceição acordaram prolongar o contrato que os liga desde 2017. Ao serviço dos Dragões e na condição de treinador, o antigo extremo já venceu três edições da Liga portuguesa, três Taças de Portugal, uma Taça da Liga e três Supertaças.

FC Porto: Feriado de trabalho a pensar no clássico

O FC Porto voltou a trabalhar nesta quinta-feira no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, onde continua a preparar o jogo com o Sporting (domingo, 20h30, Sport TV), no Estádio do Dragão, a contar para a 31.ª jornada do campeonato.

O campeão da liberdade. 25 de abril de 74 também é um marco na história do FC Porto

No dia em que passa meio século sobre a revolução que conduziu Portugal à democracia depois de 48 anos de ditadura, o FC Porto pode orgulhar-se de ser o clube nacional com melhor palmarés. Além de ser, em termos absolutos, um dos dois com mais troféus oficiais de futebol - tem 84, tantos como o Benfica -, distingue-se por ter vencido sete competições internacionais - as sete conquistadas em democracia -, enquanto os restantes clubes portugueses juntos somam apenas três - as três alcançadas durante o Estado Novo. Se se olhar em paralelo para a história dos maiores clubes portugueses e para a evolução dos regimes políticos no país durante o século XX, a conclusão é óbvia e irrefutável: a ditadura foi o período dourado do sucesso desportivo dos clubes de Lisboa, enquanto os 50 anos que se seguiram ao 25 de abril são dominados pelo azul e branco.