"A resolução rápida da mobilidade na zona ocidental da cidade era imperiosa", diz Rui Moreira sobre 'metrobus' 

"A resolução rápida da mobilidade na zona ocidental da cidade era imperiosa", diz Rui Moreira sobre 'metrobus' 
| Porto
Porto Canal

O presidente da Câmara do Porto afirmou, esta segunda-feira, na apresentação do faseamento construtivo do projeto ‘metrobus’, uma linha de autocarros rápidos a hidrogénio verde que vai ligar a Rotunda da Boavista à Praça do Império e à Rotunda da Anémona, em Matosinhos, que esta é uma solução "que resolve um dos grandes problemas de mobilidade que a zona ocidental da cidade" tem. 

"Para nós uma resolução rápida da mobilidade na zona ocidental da cidade era absolutamente imperiosa para nós", começou por esclarecer Rui Moreira na sessão que decorreu na Casa da Música, no Porto, realçando que "a ligação a Matosinhos Sul é fundamental, dada a mobilidade entre as duas cidades [Porto e Matosinhos]. 

O novo modo de transporte, que vai ser colocado em prática na Invicta, é uma ação conjunta entre três dos mais importantes atores da mobilidade na cidade (Câmara do Porto, Metro e STCP). Inicialmente previa a linha que irá ligar a Rotunda da Boavista até à Praça do Império, abrangendo, posteriormente, a conexão até à Rotunda da Anémona. Uma importante e necessária ligação diz o autarca portuense. 

"O facto de poder alargar este modelo já até à Rotunda da Anémona é para nós fundamental. Queríamos assinalar a abertura que tem havido por parte da Metro do Porto no sentido de acolher algumas das nossas preocupações". 

Acautelar a preocupação dos moradores 

Em maio do ano transato, um grupo de moradores da Avenida do Marechal Gomes da Costa, onde irá ter lugar parte crucial da intervenção, demonstrou desconforto pela necessidade de se abaterem árvores na zona do Monumento ao Empresário para a conexão BRT. Rui Moreira deixa agora uma garantia:

"Estamos a falar de um território muito complexo. A solução da rotunda da Boavista satisfaz-nos. Havia a questão que alguns moradores levantaram sobre a Marechal Gomes da Costa, fica claro que nós não vamos mandar abaixo árvores, a não ser que elas sejam absolutamente imperiosamente necessárias, mas a avenida do Marechal Gomes da Costa vai manter o perfil que nós conhecemos", frisou o edil da Invicta. 

"Não vai haver uma via dedicada na Marechal Gomes da Costa. A via onde andam estes veículos vai ser possível ser partilhada com veículos individuais, ainda que a via seja devidamente partilhada. Estes veículos vão andar na parte interior da Avenida de Marechal Gomes da Costa, o que naturalmente facilita o movimento dos cidadãos; a entrada e saída de garagens. Portanto, houve todo um conjunto de medidas que foram aperfeiçoando o projeto", acrescentou Rui Moreira, alertando, ainda assim, para os constrangimentos que a empreitada irá significar e que permitirão mudar "o paradigma da cidade". 

Constrangimentos necessários para uma melhor mobilidade

"Hoje vivemos num tempo em que as pessoas querem que as obras fiquem prontas ontem. Não é possível, vamos ter alguns constrangimentos.
No entanto, quando vemos um objetivo a tão curto prazo, pensar que podemos vir da Anémona até à Casa da Música em 17 minutos, com todo o conforto, e da Praça do Império até à Casa da Música em 12 minutos, definitivamente estamos a mudar o paradigma da cidade", sublinhou o Presidente da Câmara do Porto. 

Por uma cidade mais "amiga do ambiente"

Os trabalhos da Metro do Porto arrancam já e devem demorar ano e meio até ao fim do trajeto em “Y” no eixo Boavista-Império-Anémona. Uma construção fundamental, na opinião dos protagonistas do projeto, e que irá permitir tornar o Porto uma cidade "amiga do ambiente".

"Há cidades que que têm procurado restringir o transporte individual ou automóvel sem oferecer alternativas. Nós acreditamos que só se pode restringir o tráfego automóvel depois de, primeiro, se propor soluções de transporte público. Se assim não for matamos a cidade. Esperamos que, daqui a 2 anos, depois do temporal que vamos ter em termos de mobilidade, possamos ter uma cidade muito mais amiga do ambiente. Temos o objetivo de antecipar a neutralidade carbónica na cidade do Porto e isso só é possível se tomarmos medidas dessa natureza", conclui Rui Moreira, apontando para a necessidade de os transportes públicos recuperarem quota de mercado. 

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