Associação da Movida do Porto alerta para insegurança e defende mais policiamento
Porto Canal/Agências
O presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto assumiu esta quinta-feira haver um “problema de insegurança” na movida relacionado com o tráfico de droga, desacatos e consumo de álcool nas ruas, defendendo um reforço do policiamento.
“Há, neste momento, um problema de insegurança na movida do Porto não só a nível de desacatos na via pública, mas também de tráfico de droga e temos de o resolver a bem da cidade e dos comerciantes”, disse Miguel Camões, no final de uma reunião na União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória onde, além do presidente do executivo, esteve a PSP.
Para o dirigente, a questão da insegurança é um assunto que não pode ser ignorado e que deve ser abordado de uma forma séria para impedir que o problema cresça e piore.
Na sua opinião, uma das soluções passa por aumentar o policiamento presencial porque sempre que há polícias na rua esses fenómenos, nomeadamente tráfico de droga, desacatos e consumo de álcool na via pública têm tendência a desaparecer.
“Nós acreditamos muito no policiamento de visibilidade”, referiu.
Acrescentando que no último mês tem havido uma presença “muito mais forte” da PSP, Miguel Camões gostaria que essa presença se tornasse padrão.
“É preciso que esse policiamento se torne padrão e que seja uma coisa continuada para voltarmos a ter a baixa do Porto e a movida do Porto que tínhamos há anos”, atirou.
Assumindo que “há muito trabalho pela frente”, o presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto não espera, por isso, que a situação “mude de um dia para o outro”.
Questionado sobre se o regulamento da movida deveria ser alterado, Miguel Camões considerou que se ele for cumprido na íntegra é suficiente porque está “muito bem feito”.
Por seu lado, o presidente da União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória salientou que a posição da PSP é “ingrata porque, muitas vezes, prende os indivíduos, leva-os a tribunal e, passado algum tempo, volta a vê-los cá fora”.
Depois, sustentou Nuno Cruz, há a lei geral da droga que “permite tudo e mais alguma coisa”, defendendo uma mudança na legislação.
Por isso, a partir desta quinta-feira, a união de freguesias, a Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto e a PSP vai reunir de três em três meses para partilhar informações e delinear estratégias para fazer face à problemática, revelou.