Estudo do LNEC sobre cheias no Porto ainda sem conclusões. Metro diz que não pressiona especialistas

Estudo do LNEC sobre cheias no Porto ainda sem conclusões. Metro diz que não pressiona especialistas
| Porto
Henrique Ferreira

Quase três meses depois de ter sido encomendado, o estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre as inundações que afetaram a baixa do Porto, em janeiro deste ano, ainda não está concluído, não existindo, para já, um prazo concreto para a entrega do relatório.

Ao Porto Canal, a Metro do Porto explica que o LNEC é um “laboratório da maior credibilidade e reputação técnica e científica” e que, por isso, “não é sujeito a pressões”.

A empresa de transportes, que foi apontada como uma das responsáveis pelos estragos provocados na baixa da cidade na sequência das inundações do dia 7 de janeiro, garante assim que vai continuar a aguardar pela conclusão dos trabalhos do LNEC.

Em fevereiro, fonte da Metro do Porto garantia ao Porto Canal que o laboratório “já tinha efetuado algumas visitas de campo” às zonas de obra.

O objetivo do estudo é analisar o episódio das cheias, mas também avaliar a resiliência hidráulica do novo túnel do rio da Vila que a Metro do Porto está a construir por baixo da Rua das Flores.

Contactado pelo Porto Canal, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil diz que não está autorizado a prestar esclarecimentos sobre o processo e que qualquer questão deve ser remetida à entidade que solicitou o estudo.

Em causa está o impacto das obras de expansão da Metro do Porto nas enxurradas que alagaram várias ruas da baixa da cidade e o Bairro dos Moinhos, nas Fontaínhas.

Segundo a Metro do Porto, as intervenções da empresa “já foram objeto de um reforço de medidas preventivas” para evitar “eventuais arrastamentos de equipamentos e materiais existentes nos estaleiros de obra”.

A empresa acrescenta ainda que “os trabalhos de construção da Linha Rosa, com prazo de conclusão previsto para dezembro de 2024, prosseguem normalmente”.

 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 

Uma publicação partilhada por Porto Canal (@porto.canal)

+ notícias: Porto

As imagens dos milhares de cravos que encheram as ruas do Porto

Com cravos vermelhos, bombos, bandeiras de Portugal e muitos cartazes, o Desfile da Liberdade junta esta quinta-feira, no Porto, milhares de pessoas que aproveitam as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril para partilhar memórias e fazer apelos.

Mais de 15 mil passageiros viajaram à boleia da nova linha da STCP

A nova linha 404 da STCP, que faz ligação entre o Hospital São João e o Terminal Intermodal de Campanhã, registou mais de 15 mil validações no primeiro mês. Esta foi a primeira linha criada pela empresa em 20 anos.

No 25 de Abril de 74 os portuenses “apoderaram-se” de uma cidade que lhes era negada

De documentos aos livros de história, a revolução dos cravos segue o mesmo enredo, as mesmas personagens, os mesmos acontecimentos. Mas o marco que foi o 25 de abril também se sentiu a Norte, nomeadamente no Porto onde as personagens são outras e recordam uma cidade que lhes foi devolvida ao fim de 48 anos de ditadura. São as histórias de quem viu, quem sentiu e resistiu na revolução dos cravos a partir da invicta.