Caos no trânsito do Porto com um fim à vista?
Porto Canal
O trânsito tem sido uma dor de cabeça para milhares de pessoas que diariamente entram e saem da ‘Invicta’. As obras da Metro do Porto estão já há várias semanas “debaixo de fogo”, sendo apontadas como as causadoras das disrupções de circulação um pouco por toda a cidade. Um regresso à normalidade que, segundo a edição desta segunda-feira do ‘Público’, poderá estar para breve.
Com um tráfego caraterizado maioritariamente por movimentos pendulares, dada a deslocação contínua a partir de outros municípios, o Porto tem somado consecutivos recordes nas taxas de congestionamento em tempo real, tendo já atingindo, por mais do que uma ocasião, o valor mais elevado entre cidades europeias.
O presidente da Câmara do Porto tem apontado as obras da Metro do Porto como um dos responsáveis pelo anormal aumento de trânsito nas principais artérias da cidade, denunciando que “nada do que foi planeado está a decorrer normalmente”. Rui Moreira considerou, no final de 2022, que a empreitada tem provocado “implicações graves no escoamento do tráfego da cidade e, por consequência, nos transportes públicos, nomeadamente da STCP”.
As obras referentes à nova Linha Rosa (Casa da Música - Praça da Liberdade), criaram vários obstáculos e restrições à circulação viária em diversas partes do percurso: na Avenida de França, os carros foram desviados para um percurso alternativo; a Rua de Júlio Dinis tem obstáculos referentes à perfuração. Na Praça da Galiza, a construção da nova estação de metro está a provocar alterações significativas à normal circulação. O Jardim do Carregal, bem como as ruas adjacentes, está encerrado, o que provocou uma alteração dos sentidos de trânsito na Rua de Miguel Bombarda e Rua do Rosário; a Rua dos Clérigos está em encerrada e a Praça da Liberdade, bem como a Avenida dos Aliados, condicionadas. O encerramento do tabuleiro inferior da Ponte Luís I tem também resultado numa sobrecarga excecional das restantes travessias.
Esta segunda-feira, o ‘Público’ avança que a zona da Casa da Música e ligação dos Aliados aos Clérigos poderá estar normalizada já em junho. De acordo com o jornal, foram já abertos 700 metros dos 3.600 metros de túneis por escavar.
Os painéis de proteção presentes no jardim do Carregal, adjacente ao Hospital de Santo António, funcionam como barreira de detritos para proteger os possíveis materiais projetados pelas explosões que estão a ocorrer no solo da cidade. Apesar do fim da empreitada estar prevista para final de 2024, antes disso será possível proceder à remoção das proteções amovíveis que têm condicionado o trânsito no centro do Porto.
“Mesmo antes do prazo de 2024, muitas das zonas (à superfície das obras) vão ser restituídas à cidade. Os próprios projetos assim o prevêem”, afirmou em declarações ao Público um responsável elas obras, acrescentando que “garantir um fluxo mínimo em certas zonas da cidade é uma das exigências da Câmara do Porto”.
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