Atrasos na obras e impactos no trânsito levam Assembleia Municipal do Porto a chamar administração da Metro

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Porto Canal

Os atrasos de 215 dias na construção da linha Rosa são um dos motivos que levaram os líderes das bancadas da Assembleia Municipal do Porto a pedir a presença da Metro, numa reunião urgente, marcada para o final da tarde de segunda-feira. A administração da empresa já confirmou a presença, depois de ultimato de Rui Moreira.

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, enviou esta quinta-feira (10 de novembro) uma carta ao presidente do Conselho de Administração da Metro, Tiago Braga, que põe em causa o avanço da segunda ligação para Vila Nova de Gaia – com início de obra previsto para 2023 – e do metrobus na Boavista, sendo que esta segunda obra deveria arrancar ainda este ano.

Na reunião vão estar presentes o presidente da Metro, Tiago Braga, o administrador Pedro Ferreira Lopes, o diretor do Gabinete de Projetos Vítor Farinha da Silva, o diretor do Gabinete de Comunicação Jorge Morgado e a administradora executiva do Conselho de Administração, Eng.ª Lúcia Maria Lourenço.

Em causa estão os atrasos em nove frentes de obra, identificados pela Autarquia, sujeitando a cidade à “permanente falta de mitigação dos impactos visuais” e repetidas “negligências”, que o autarca considera “como se de uma provocação se tratasse”.

Entre os vários constrangimentos provocados pelas obras, Rui Moreira é taxativo ao denunciar que “nada do que foi planeado está a decorrer normalmente”, provocando “implicações graves no escoamento do tráfego da cidade e, por consequência, nos transportes públicos, nomeadamente da STCP”.

Na mesma carta, Moreira acusa a Metro do Porto de cancelar as reuniões de “cariz técnico”, com o objetivo de “partilhar o ponto de situação da empreitada” com todos os intervenientes.

Estas reuniões deveriam acontecer de “15 em 15 dias”, com a presença da Câmara do Porto, STCP Serviços, Metro, empreiteiro e entidade fiscalizadora da obra.

O incumprimento por parte da Metro leva Rui Moreira a recusar o avanço de novas empreitadas, enquanto não estiver concluída a construção da linha Rosa, uma vez que “a cidade não pode definhar em função de uma excessiva disrupção das suas atividades”.

Ao Porto Canal, a Metro diz não ter intenção de comentar o ultimato da Autarquia, mas a posição do Município pode ter implicações na segunda ligação de metro a Vila Nova de Gaia, com a implementação da linha Rubi, uma vez que o financiamento a fundo perdido pelo Plano de Recuperação e Resiliência obriga a que a obra esteja concluída até 2026.

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