Terceiro terrorista do aeroporto esteve ligado aos atentados de Paris

Terceiro terrorista do aeroporto esteve ligado aos atentados de Paris
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Porto Canal com Lusa

O terceiro suspeito dos atentados de terça-feira no aeroporto de Bruxelas, e o único que continua vivo, foi identificado como Najim Laachraui, homem ligado aos ataques de Paris, revelou hoje o jornal belga "La Dernière Heure".

Os serviços secretos e a polícia da Bélgica "procuram ativamente" este homem de 25 anos, que aparece nas imagens divulgadas pelas autoridades na terça-feira, gravadas pelas câmaras de vigilância do aeroporto, que mostram os três alegados terroristas, segundo as mesmas fontes citadas pelo jornal.

Nessas imagens, Laachraui tem um gorro escuro e empurra um carrinho de bagagem, onde tem um saco de viagem com, alegadamente, explosivos lá dentro.

Os explosivos que transportava não chegaram a explodir, ao contrário do que aconteceu com a bagagem dos outros dois homens, segundo noticiam os meios de comunicação belgas.

O ADN de Laacharaui foi encontrado em "material explosivo usado nos atentados" de Paris em novembro de 2015, disse ainda uma fonte próxima da investigação francesa ao jornal belga.

Este homem deixou a Síria em fevereiro de 2013 e é procurado desde dezembro passado, após os atentados de Paris.

Num controlo policial em setembro, na fronteira entre a Hungria e a Áustria, foi identificado com o nome falso de Soufiane Kayal e estava acompanhado por Salah Abdeslam, ligado aos atentados de Paris e capturado na sexta-feira passada em Bruxelas. Os dois estavam ainda com Mohamed Belkais, um argelino de 35 anos abatido pela polícia no mesmo dia, em Bruxelas.

Laachraui arrendou uma casa, com um nome falso, na comunca belga de Auvelais, que serviu para preparar os atentados de Paris. Os investigadores também consideram que, na noite dos ataques em França, falou ao telefone com os bombistas suicidas que estavam em Paris, tal como fez Belkhaid.

Lacharaui foi, segundo os meios de ocmunicação belgas, o responsável por fazer os cintos de explosivos usados em Paris e o seu ADN foi encontrado em dois deles (num usado no Bataclan e outro no estádio de França), noticia a televisão RTBF.

Também foram encontradas impressões digitais de Laachraui na casa do bairro de Bruxelas de Schaerbeek, onde as autoridades acreditam que foram fabricados os cintos de explosivos usados em Paris.

Estão assim identificados os três alegados terroristas que atuaram no aeroporto de Bruxelas na terça-feira, depois de a RTBF ter noticiado também hoje que os outros são dois, suicidas, são irmãos, de apelido El Bakraoui, que tinham ficha na polícia mas não por terrorismo.

Um deles, Khalid, tinha alugado, com uma identidade falsa, a casa na Rue du Dries, no bairro de Forest, onde no passado dia 15 de março ocorreu um tiroteio em que um dos suspeitos morreu e outros dois fugiram, incluindo Salah Abdeslam, que acabou por ser posteriormente detido.

Khalid e Ibrahim El Bakraui eram ambos de Bruxelas e estavam nos registos da polícia por atos de vandalismo, esclarece a RTBF.

Pelo menos 14 pessoas morreram nas duas explosões no aeroporto de Zaventem na terça-feira. Na estação de metropolitano de Maalbeek, a apenas 200 metros da sede da Comissão Europeia, uma terceira explosão provocou a morte a pelo menos 20 pessoas. No total são calculados mais de 200 feridos.

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