Pelo menos 21 portugueses feridos nas explosões de Bruxelas

Pelo menos 21 portugueses feridos nas explosões de Bruxelas
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Porto Canal com Lusa

Pelo menos 21 cidadãos com passaporte português ficaram feridos no duplo atentado terrorista de terça-feira em Bruxelas, disse hoje à agência Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro. Portugueses a viver na capital belga querem voltar à rotina diária.

O governante português, que se encontra em viagem à Alemanha, indicou que 19 dos feridos constam de uma lista oficial divulgada pela Unidade de Crise do Ministério dos Negócios Estrangeiros belga, a que se somam outros dois casos de portugueses já identificados pelas autoridades nacionais e que não constavam desse documento.

José Luís Carneiro ressalvou, contudo, que há três nomes na lista que podem estar repetidos, uma vez que têm a mesma data de nascimento e a grafia surge com pequenas alterações.

Aos 19 nomes da lista junta-se um vigésimo cidadão português, detetado hoje de manhã cedo através das redes sociais, que está internado numa unidade hospitalar em Bruxelas, livre de perigo, embora deva ter alta só dentro de quatro dias, tal como já confirmou o embaixador de Portugal na capital belga.

A 21.ª ferida foi já detetada terça-feira e também se encontra livre de perigo, devendo ter alta nos próximos dias, acrescentou José Luís Carneiro, que disse ter recebido a lista com 19 cidadãos com passaporte português hoje de manhã, razão pela qual desconhece o estado em que se encontram.

"Sabemos apenas que seis deles foram assistidos no hospital e, face há pouca gravidade dos ferimentos, acabaram por ter alta rapidamente", sublinho o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

Questionado pela Lusa sobre se teme que existam portugueses mortos, uma vez que as autoridades belgas ainda não divulgaram a lista com os nomes e nacionalidades das, para já, 34 vítimas mortais, José Luís Carneiro disse não poder responder.

O governante português adiantou, porém, que a Embaixada de Portugal em Bruxelas e os Serviços Consulares estão em "permanente contacto" com as autoridades belgas e que vão procurar os 13 cidadãos portugueses dispersos por várias unidades hospitalares de capital belga, para que se possa inteirar de todos os pormenores.

Quanto ao vigésimo ferido, sabe-se apenas que trabalha numa empresa belga e que está livre de perigo, embora deva continuar internado pelo menos mais quatro dias, acrescentou.

Nem a jovem, detetada terça-feira, nem o ferido descoberto, esta quarta-feira, constam da lista oficial de feridos apresentada pela Unidade de Crise do MNE belga.

Portugueses a viver em Bruxelas não temem os atentados na capital belga

Os portugueses que estão a viver em Bruxelas querem voltar à normalidade dos seus dias, tal como acontecia antes de ocorrerem, esta terça-feira, os atentados na capital belga.

Teresa, funcionária do Parlamento Europeu (PE), ficou, esta quarta-feira, em regime de teletrabalho, em Bruxelas, mas nem por isso deixou de levar as suas filhas à escola belga, um dia depois dos ataques terroristas.

A funcionária do PE relata que a informação enviada, ainda na terça-feira para os trabalhadores, pela instuição europeia, foi para ficarem em regime de teletrabalho e “salvo em casos excecionais” se dirigirem às instalações do parlamento, localizado a cerca de 500 metros da estação de metro de Maelbeek, onde ocorreu uma das explosões. 

A portuguesa testemunha, porém, que quando levou as filhas à escola notou algumas diferenças face aos dias antes dos atentados.

“É costume cruzar-me com imensos pais e hoje nem metade encontrei", salienta a portuguesa, que admite que a filha mais velha "está assustada" com tudo que aconteceu.

Eduardo é outro português que está em Bruxelas e ficou, esta quarta-feira, em casa. A trabalhar habitualmente junto da estação de Maelbeek, numa direção geral da Comissão Europeia, o português ficou em casa por indicação da instituição por “medida de precaução”, mas garante que “é um dia normal” como todos os outros.

Sérgio, de uma instituição internacional, com sede em Bruxelas, aterrou terça-feira no aeroporto pelas 07h00, uma hora antes das duas explosões.

“Só soube do ocorrido quando cheguei ao local de trabalho, por um colega", explicou o português, que sublinha que a única alteração na sua rotina foi levar um colega a casa porque os transportes deixaram de funcionar após os ataques.

 

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