Hong Kong: Manifestantes preparam hoje protesto reforçado

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Porto Canal / Agências

Hong Kong, China, 10 out (Lusa) - Os grupos pró-democracia em Hong Kong planeiam para esta noite uma manifestação de força depois das negociações com o Governo terem sido canceladas e parlamentares norte-americanos terem apelado a Barack Obama para pressionar Pequim.

Ao final da tarde de quinta-feira, o Governo de Hong Kong, através da secretária chefe Carrie Lam, rompeu o encontro previsto para a tarde de hoje com os grupos pró-democráticos, culpando os estudantes da decisão por incitarem ao reforço dos protestos se as suas exigências não fossem aceites.

A decisão aprofundou a crise política na antiga colónia britânica com os protestos a não terem, agora, um fim à vista.

Na base do protesto está a vontade popular em eleger, de forma direta e universal sem qualquer pré-seleção, o líder do Governo, um desejo que Pequim concede parcialmente no ponto da população escolher o seu líder, mas sem abdicar de efetuar uma pré-seleção dos possíveis candidatos através de uma comissão eleitoral que consegue controlar.

Embora o número de manifestantes tenha diminuído nos últimos dias, é esperado que ao final da tarde muitos jovens e apoiantes do movimento se concentrem nos vários locais de protesto.

O desafio de aumentar o número de manifestantes surge também numa altura em que legisladores norte-americanos condenaram, no seu relatório anual, os Diretos Humanos na China e fazem uma pouco usual crítica a Hong Kong.

"Hong Kong sofreu um grande retrocesso no seu desenvolvimento democrático depois de a China ter descartado uma eleição justa para o chefe do Executivo em 2017", disse o senador Sherrod Brown, presidente da Comissão Executiva do Congresso.

O mesmo responsável defendeu que Barack Obama deve pressionar o seu homólogo chinês Xi Jinping diretamente sobre as questões de Hong Kong quando os dois líderes se reunirem em Pequim em novembro.

A posição norte-americana vai, contudo, contra um alerta feito pelas autoridades chinesas a todas as missões diplomático/consulares acreditadas em Hong Kong onde salientava a necessidades dos seus funcionários se manterem afastados de qualquer forma de protesto.

JCS // DM.

Lusa/fim

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