Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

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Porto Canal / Agências

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.

O general Massoud Jazayeri, adjunto do chefe do Estado-maior das forças armadas, "rejeitou a propaganda dos 'media' ocidentais e israelitas, de acordo com a qual armazéns de armas iranianas foram o alvo" da série de ataques desencadeados recentemente pela aviação israelita, afirmou a página eletrónica (sepahnews.com) do exército de elite do regime islâmico.

"O Governo sírio não precisa de armas iranianas e este género de informações fazem parte da guerra de propaganda e psicológica" contra a Síria, acrescentou, numa referência às declarações de um responsável israelita que garantiu que o ataque visou "mísseis iranianos destinados ao [movimento de resistência islâmica xiita] Hezbollah".

O ministro da Defesa iraniano, general Ahmad Vahidi, pediu à comunidade internacional para impedir Israel de realizar este tipo de ataques.

"Caso contrário, acontecimentos graves vão acontecer na região e os Estados Unidos e o regime sionista não serão os vencedores", advertiu, sem pormenorizar.

Na sexta-feira, Israel realizou dois ataques na Síria para, alegadamente, impedir a transferência de armamento para o Hezbollah libanês, aliado de Damasco e Teerão.

De acordo com a Síria, Israel atingiu, na madrugada de domingo, três posições militares a noroeste de Damasco, com mísseis disparados a partir de aviões.

Este ataque visou um centro de investigação científica em Jamraya, já visado, no final de janeiro, e dois objetivos militares - um depósito de munições e uma unidade de defesa antiaérea -, afirmou um diplomata em Beirute, que pediu o anonimato.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, afirmou que pelo menos 15 soldados sírios morreram nos ataques israelitas e dezenas estão desaparecidos.

"Pelo menos 15 soldados morreram e dezenas estão desaparecidos", na sequência dos ataques, perto de Damasco, no domingo de madrugada, afirmou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

"Estes três locais (visados) têm normalmente cerca de 150 soldados, mas desconhece-se se todos se encontravam presentes na altura dos ataques", acrescentou.

EJ // MLL

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