Edifício onde mataram Gisberta já não vai ter um hotel

Edifício onde mataram Gisberta já não vai ter um hotel
Foto: Pedro Benjamim | Porto Canal
| Porto
Pedro Benjamim

O edifício na Avenida de Fernão de Magalhães, onde em fevereiro de 2006 mataram Gisberta Salce Júnior, já não terá um hotel. “O hotel desapareceu. Achamos que não fazia muito sentido ter ali um hotel” avançou o CEO da Avenue Real Estate, Aniceto Viegas, em exclusivo ao Porto Canal. A preparação da nova infraestrutura arrancou com as obras de demolição em dezembro de 2023, tal como o Porto Canal avançou em primeira mão.

Com a compra do terreno, que aconteceu na segunda metade de 2023, “o uso do edifício será alterado”, sendo a aposta mais dedicada ao setor residencial e empresarial. “O nosso objetivo é ter exclusivamente habitação e escritórios. Estaremos a falar de cerca de 30 mil m2 de habitação e quase 18 mil m2 de escritório. Também teremos ali uma pequena componente de retalho, virada para a Avenida Fernão Magalhães”, frisa o CEO da Avenue Real Estate.

Aquele que seria o futuro Edifício Pacífico, implantado junto à Avenida de Fernão de Magalhães irá também ter uma nova denominação. “O nome vai mudar, ainda não podemos anunciar o novo nome, mas será um nome que terá uma referência à rua, ou seja, será bastante óbvia, mas ainda estamos a trabalhar nesta parte”.

O projeto que está no processo de finalização do licenciamento terá “uma área ligeiramente abaixo daquela que estava licenciada” inicialmente, avança ao Porto Canal Aniceto Viegas, sendo que “o objetivo será lançar comercialmente o projeto no 2º trimestre deste ano”.

As obras de preparação arrancaram no final de 2023, com a demolição de infraestrutura, como avançou o Porto Canal na altura. “Havia ali uma estrutura muito antiga que tinha de ser demolida”, aponta o CEO da Avenue, adiantando que esperam no 2º ou 3º trimestre estar “já a preparar a estrutura acima do solo e que será a nova solução de arquitetura”.

O edifício tinha previstos 23 pisos acima do solo e dois subterrâneos. “No total são cerca de 25 pisos. Teremos essencialmente nos pisos superiores habitação e na cota mais baixa serão escritórios”, aponta Aniceto Viegas.

A principal oferta habitacional no novo edifício na Avenida de Fernão de Magalhães estará dedicada a unidades mais pequenas. “O nosso objetivo é focarmo-nos muito em T0, T1 e T2”, no entanto haverá ainda alguns T3, mas o que predominará serão os T1 e T2”.

O terreno, a poucos metros de distância do Campo 24 de Agosto, vive na memória dos portuenses, depois do trágico acontecimento de 2006, quando já estava erigida a estrutura de betão. A 22 de fevereiro um grupo de jovens matou Gisberta Salce Júnior, que era vítima de repetida violência. Aos 45 anos fora encontrada num poço sem vida.

No final de janeiro deste ano a Câmara do Porto aprovou por unanimidade a atribuição de uma rua a Gisberta Salce Júnior, na freguesia do Bonfim. “A maior e melhor homenagem que podia ser feita, foi aquela que foi feita recentemente pela Câmara do Porto. Dar o nome de uma rua à Gisberta. É o que fica. O nome dos edifícios muda”, defende o CEO da Avenue. “Foi uma homenagem merecida e terá o seu nome para sempre naquela zona do Bonfim”.

 
 
 
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