Dois meses de UNIR. Operação “melhorou” mas problemas persistem

Dois meses de UNIR. Operação “melhorou” mas problemas persistem
| Porto
Porto Canal

Com dois meses de operação da UNIR em curso, as queixas dos utilizadores começam a atenuar-se, ainda que os problemas não tenham sido todos resolvidos.

A promessa feita pelos responsáveis da rede de transportes da Área Metropolitana do Porto era que as operações ficassem normalizadas no início de janeiro. A realidade é que agora, já em fevereiro, há um lote de horários que ainda não foi publicado depois da reformulação anunciada pela UNIR - afeto aos concelhos de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, Arouca, São João da Madeira e Vale de Cambra.

Os utentes que se deslocam para essas localidades admitem que é um problema, ainda que muitos já tenham acesso aos horários por vias não oficiais, relatam ao Porto Canal.

Ricardo Valim, estudante da ESMAE que faz viagens diárias de e até Santa Maria da Feira, fala de algumas melhorias. “Desde há dois meses, sim [melhorou]. Porque ao menos agora consigo apanhar autocarros”. O principal problema, neste momento, é a redução de horários e de veículos. “À hora que costumava apanhar, por exemplo, havia sempre dois autocarros pela quantidade de gente que havia aqui”. Agora, nesse horário, só sai um do Terminal das Camélias.

 
 
 
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Mas há também quem não seja tão positivo. Alexandra Ferreira queixa-se principalmente da viagem de regresso a casa, a São João da Madeira. “Uma pessoa sai às 17h, e só tem autocarro às 18h para chegar a casa às 19h30”. “Os grandes estão bem, o pequenino desconta tanto, trabalha tanto, não tem nada”, lamenta. “Acho que o Governo e as Câmaras deviam pôr-se no nosso lugar”. “Eu acho que muita gente foi obrigada a tirar carta”. Alexandra acredita que há mais gente a optar pelo carro desde o arranque da UNIR.

Mariana Ferreira vai e vem de Santa Maria da Feira todos os dias. “Melhorou, não ao ponto da Transdev, mas melhorou em relação ao que estava antes”. “São mais regulares em termos de horários”, admitindo que chegou a esperar duas horas por um autocarro no início da operação da UNIR. “Há caras que eu via todos os dias e que agora não vejo. Provavelmente recorreram a outros métodos” como o carro, confessa.

“Ultimamente tenho fugido um bocado disto, tenho às vezes vindo de boleia, outras deixo o carro mais próximo”, confessou outro utente. Admitiu ainda que chegou a apanhar um Uber às 21h00 com outros utilizadores que esperavam o autocarro para São João da Madeira.

Quando arrancaram as operações, foi divulgada a informação que haveria mais autocarros e mais horários em circulação. Mas não é isso que os utilizadores da UNIR têm sentido. Melhorias, sim, mas é quase unânime a opinião de que o serviço piorou desde o dia 1 de dezembro.

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