"Problemas de mobilidade" na CREP, VCI e A28 não se resolvem com a "colocação de um pórtico", afirma Luísa Salgueiro

"Problemas de mobilidade" na CREP, VCI e A28 não se resolvem com a "colocação de um pórtico", afirma Luísa Salgueiro
Foto: Ana Francisca Gomes
| Porto
Porto Canal

Em declarações ao Porto Canal, a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, que também é a presidente da Associação Nacional de Municípios, falou do problema do trânsito na Via de Cintura Interna (VCI), que se arrasta há muitos anos.

Recorde-se que o Porto Canal consultou o relatório de tráfego do segundo trimestre do presente ano, disponível no sítio oficial do Instituto de Mobilidade dos Transportes (IMTT), e comprovou que o tráfego na VCI entre abril a junho, cresceu face a igual período de 2022.

A autarca de Matosinhos lembra que o “problema de mobilidade não se centra só na VCI”, mas também na “A28, A41 e na circunvalação” e que o assunto é da “responsabilidade do Governo” e "os municípios devem estar disponíveis para ajudar a resolver os problemas de mobilidade e também da VCI".

Além disso, a Edil recordou que o Município de Matosinhos há muito tempo que se preocupa em particular com este problema de mobilidade e inclusivamente tem apresentado propostas para “realizar as obras necessárias”, de forma a aliviar a pressão existente "no nosso caso junto à Rotunda AEP", caraterizando-o como um "nó de difícil gestão". 

“Para isso, propusemos interrutores, ou as chamadas vias alternativas de saída, para evitar que os veículos (ligeiros e pesados) que vêm de Matosinhos Norte tenham que passar pela rotunda para se deslocarem para a VCI, nunca foram aprovados”, acrescenta.

É de referir que a intensificação do problema do trânsito foi o mote para a criação de um grupo de trabalho que integrou os representantes de três autarquias - Porto, Matosinhos e Maia -, a Infraestruturas de Portugal (IP) e técnicos especialistas, tendo em vista um levantamento dos problemas existentes e a definição de uma estratégia e medidas de melhoria para a VCI. Do leque de opções apresentadas, duas foram introduzidas como as “salvadoras”, denominadas pelo grupo de trabalho como cenário B e cenário G.

No cenário B consta a hipótese de eliminação dos dois pórticos na A4, entre a VRI – Via Regional Interna - e a A3, taxado em 0,45€. Um plano que é considerado de “fácil implementação, com uma perda de receita estimada de 5 milhões de euros”, lê-se no relatório final disponibilizado ao Porto Canal, pela autarquia do Porto.
Já o cenário G, além de incluir a retirada dos dois pórticos na A4, prevê a introdução de pórticos entre a A4 e a A3, com uma taxa de 0,45€, e na A28 - a sul da interseção com a A41 - no valor de 0,20€. Esta opção abrange ainda a alteração da taxa de portagem na A28 de 0,90€ para 0,70€.

É de elucidar que o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, em entrevista exclusiva ao Porto Canal disse que esta recolocação dos pórticos não avançou porque “Matosinhos saltou fora” e desde então “não foi possível reatar esse diálogo”.

 
 
 
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Luísa Salgueiro responde a essa questão ao clarificar que "uma das propostas" definidas no grupo de trabalho foi a "colocação de um pórtico logo a sul do nó da A28 com a A41 e o que o Município de Matosinhos disse é que esse pórtico como é no seu território só deverá ser colocado quando estiveram cumpridas duas condições: uma há muito que reevincidamos que já mereceu um traçado desenhado pelas equipas da Câmara e pela Infraestruturas de Portugal porque quem vem de Norte na A28 se não tiver uma atenção especial, prossegue na A28 não entra na A41". 

Por isso, propõem a alteração do traçado da A28 com a A41, bem como a eliminação dos pórticos no interior de Matosinhos.

Agora, "quando se diz que a Câmara de Matosinhos não concorda (com a recolocação de pórtico), a Câmara de Matosinhos não concorda quando se diz que todos os problemas de mobilidade em torno da CREP, da A28 e VCI se resolvam com a colocação de um pórtico. não é a colocação de um pórtico sem alteração do traçado e a eliminação de outros e alteração de traçado, que irá resolver, a nossa discordância vai nesse sentido”, refuta a autarca. 

“Precisamos de trabalhar em conjunto”, concluiu a Edil.

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