"Houve entradas para o rio cimentadas". Rui Moreira quer apurar responsabilidade da Metro nas inundações do Porto

"Houve entradas para o rio cimentadas". Rui Moreira quer apurar responsabilidade da Metro nas inundações do Porto
Foto: Filipa Brito (CM Porto)
| Porto
Porto Canal

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou, esta quinta-feira, que pretende ver esclarecido o impacto das obras em curso para a expansão da rede da Metro do Porto na enxurrada que assolou a cidade no passado sábado, 7 de janeiro.

"Houve intervenção da obra do metro. Tive oportunidade de visualizar que houve passagens e entradas para o rio da Vila que estavam cimentadas. Temos de averiguar até que ponto [as obras] tiveram este impacto", começou por dizer o autarca portuense. 

A Metro do Porto, depois de inicialmente ter assumido uma posição de dizer que não, assumiu que afinal tinha havido. Fez aquilo que devia fazer: pediu ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para fazer essa averiguação. Isso a nós parece-nos uma medida totalmente apropriada”, afirmou Rui Moreira, no final da cerimónia de louvor público às equipas municipais que restabeleceram a normalidade depois da intempérie.

“O que é que pretendemos saber? Primeiro: isto são consequências de obras? Também precisamos de saber se há um problema do projeto que possa ter de ser reformulado, para que esta situação não se repita” frisou. 

O autarca apontou também que a capacidade do rio da Vila não foi totalmente colocada à prova pela enxurrada: “Choveu, tivemos uma torrente na cidade do Porto. Essa é a causa principal, toda a gente se apercebeu que houve um fenómeno raro, nem os radares dos meteorologistas conseguiram prever.Está a ser feita uma avaliação para compreender porque é que aquilo que são infraestruturas que, ao longo de mais de 100 anos, têm sempre funcionado, nomeadamente no Centro Histórico, para levar as águas até ao rio, porque é que desta vez a água, em vez de andar no rio da Vila, andou em cima.”

“Estivemos lá ontem [terça-feira], fomos ver o rio da Vila, e demonstra que a sua capacidade não foi esgotada. Tem teias de aranha no teto, para terem uma ideia. Ou seja, alguma coisa levou a que as águas, que normalmente deviam ter corrido pelo rio da Vila, não correndo, transbordaram”, referiu.

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