Decisão sobre nova ponte sobre o Douro tomada até ao final do ano

Decisão sobre nova ponte sobre o Douro tomada até ao final do ano
| Norte
Porto Canal / Agências

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, disse esta segunda-feira que a decisão sobre se a nova travessia sobre o rio Douro terá um ou dois tabuleiros será tomada “até ao final do ano”.

Em declarações aos jornalistas quando apresentava o plano e orçamento de Vila Nova de Gaia para o próximo ano, Eduardo Vítor Rodrigues admitiu que existem argumentos que apontam para uma solução com dois tabuleiros, sendo a cota baixa reservado à circulação rodoviária e o à cota alta para a alta velocidade.

“Não fazia sentido decidir isto antes do Plano Ferroviário ser apresentado e foi na semana passada. Agora a decisão sai até ao final do ano. Vamos encontrar uma decisão de equilíbrio, sem vaidades nem questões paroquiais”, disse o autarca.

Em causa está a definição sobre se a ponte a construir para o projeto de alta velocidade que o Governo apresentou a 28 de setembro ocupará o local para o qual foi idealizada, pelas câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia, uma nova travessia sobre o rio Douro.

A nova ponte seria intitulada D. António Francisco dos Santos, em homenagem ao antigo bispo do Porto, um nome que Eduardo Vítor Rodrigues garante que se manterá seja qual for a decisão final.

“A IP [Infraestruturas de Portugal] concordará com a solução que definirmos e se a ponte tiver dois tabuleiros assume o valor. A homenagem e o nome mantêm-se. Não interessa por quem é feita. Interessa que sirva a comunidade”, disse o autarca de Gaia.

A 28 de setembro, a IP avançou que a construção de uma única nova ponte rodoviária e ferroviária sobre o rio Douro é uma solução cuja “viabilidade técnica” está “comprovada”, mas salvaguardou que a decisão caberia aos autarcas e à tutela.

“Do ponto de vista financeiro, é muito mais barato fazer uma ponte do que duas pontes. A viabilidade técnica da fusão das duas pontes está comprovada. Esta é uma solução totalmente viabilizada. Será uma decisão dos senhores autarcas [do Porto e de Vila Nova de Gaia] e do senhor ministro [das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos]”, disse Carlos Fernandes, do conselho de administração da IP.

Estas declarações surgiram no dia em que, no Porto, no terminal ferroviário de Campanhã, foi apresentado o projeto de alta velocidade para ligação de Lisboa ao Porto e do Porto a Vigo, em Espanha.

O projeto prevê a construção de uma ponte sobre o Douro, sendo necessário ir ao encontro das estações de Campanhã, no Porto, e de Santo Ovídio, em Gaia, ou seja, batendo no desenho anteriormente apresentado pelos autarcas destes municípios.

Nessa semana, a 26 de setembro, à margem da reunião do executivo, o presidente da Câmara do Porto disse fazer “mais sentido para o interesse público” que as novas pontes rodoviária e ferroviária no rio Douro culminem numa “ponte com dupla utilização”.

Eduardo Vítor Rodrigues confirmou, esta segunda-feira, que existe “abertura dos dois municípios, mas não existe uma decisão final”.

Questionado sobre o valor que as duas autarquias gastaram até agora com projetos e desenhos para a nova ponte, o presidente da Câmara de Gaia disse que foram cerca de 500 mil euros no total, mas garantiu que esse fator não é o que pesa na decisão.

"Já foram gastos: é a vida", disse.

A 13 de maio do ano passado foi revelado que a nova ponte rodoviária sobre o rio Douro custaria 36,9 milhões de euros, incluindo acessos, e ficaria pronta em 2025.

O custo da ponte, cerca de 30 milhões, seria pago a meias pelas autarquias, cabendo a cada uma somar o valor dos acessos no seu território.

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