Matadouro de Campanhã no Porto vai acolher coleção de Távora Sequeira Pinto

Matadouro de Campanhã no Porto vai acolher coleção de Távora Sequeira Pinto
| Norte
Porto Canal com Lusa

A coleção particular de Távora Sequeira Pinto vai ficar instalada na futura extensão do Museu da Cidade no Matadouro Industrial de Campanhã, cuja inauguração está prevista para 2023, onde vão estar expostas mais de 1.100 peças.

A proposta do contrato promessa de comodato foi aprovada, por unanimidade, na reunião de executivo municipal, esta manhã, na qual foi sublinhado e destacado por todo o executivo o "ato de generosidade" para com a cidade de Álvaro Sequeira Pinto.

Na reunião camarária, o diretor artístico do Museu da Cidade, Nuno Faria, salientou que o protocolo de comodato das peças não só acrescenta valor à coleção municipal, como a "projeta para um patamar de excelência internacional", dada a singularidade de algumas peças.

Algumas das peças desta coleção, que se começou a consolidar desde a década de 80, foram inclusivamente apresentadas em importantes instituições, desde a presença na Europália 91', na Bélgica, como pelo V&A Victoria and Albert Museum, em Londres, os Museus Capitolinos, em Roma, e o Asian Civilisations Museum, em Singapura.

Com uma abrangência temporal e geográfica vasta, entre a Índia, a China o Japão, ou outros países em que a presença dos portugueses foi historicamente importante, a coleção integra obras de origens e tipologias muito distintas, “nomeadamente escultura, mobiliário, cartografia, desenho, pintura, têxteis, joalharia e prataria, porcelanas e faianças”, incidindo especialmente na expansão seiscentista portuguesa a Oriente, e cobrindo, igualmente, outras zonas geográficas, como as Américas.

Destacam-se ainda núcleos de arte europeia antiga, tardo-medieval, primitiva e renascentista.

Salientando que estes quase 30 anos de colecionador têm sido uma enorme viagem, Álvaro Sequeira Pinto, que assistiu à apresentação do projeto, indicou que a sua jornada segue agora um novo rumo, "que abrirá a coleção a novos diálogos, a colocará à fruição e serviço do público e a submeterá abertamente ao mundo e à ciência".

Já o presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, que revelou que foi numa viagem a Atenas que se apercebeu de que haveria abertura de Álvaro Sequeira Pinto em disponibilizar a sua coleção para fruição do público, assinalou que o facto de a coleção ficar na freguesia de Campanhã é o "sinal último do empenho da cidade relativamente àquele território".

Moreira esclareceu ainda que chegou a estar pensada para o local a instalação do Museu da Indústria, contudo, o executivo chegou à conclusão que "seria mais do mesmo".

Pelo PS, o vereador Manuel Pizarro enalteceu o ato de generosidade do colecionador ao disponibilizar a sua coleção à cidade. Um agradecimento feito também pela vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, que destacou a disponibilidade de Álvaro Sequeira Pinto para criar condições para que a coleção pode ser apreciada pelo público.

Numa nota hoje divulgada, a autarquia acrescenta ainda que na zona oriental o Museu da Cidade vai ainda construir, ao longo dos próximos dois anos, as extensões da Indústria, na antiga central elétrica CACE, e da Natureza, na Quinta da Bonjóia.

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