West Sea quer entrar em Maio já com carteira de encomendas
Porto Canal
A West Sea quer assumir a subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) a 02 de maio, já com uma carteira de encomendas de reparação e construção naval, disse hoje fonte oficial da empresa.
Em declarações à Lusa, a fonte explicou que a empresa, criada pelo grupo Martifer para gerir a subconcessão dos terrenos e infraestruturas da empresa pública até março de 2031, "está a desenvolver todos os esforços para entrar nos ENVC e anunciar os contratos de reparação e construção naval que, está nesta altura a negociar".
Quando tomar posse dos terrenos, acrescentou a fonte, a West Sea espera ter "em funções" cerca de 50 trabalhadores, recrutados entre os antigos funcionários dos ENVC.
Nesta altura "já se encontram em funções cerca de 15 ex-trabalhadores dos ENVC", mas o processo de recrutamento de pessoal para o novo projeto "continua a decorrer", disse ainda a fonte.
"Ao longo do mês de maio deverão entrar em funções os restantes cerca de 30 ex-trabalhadores dos ENVC", apontou.
Em março passado, em declarações à Lusa, o presidente da West Sea, Carlos Martins, afirmou que o recrutamento, tendo em conta o "compromisso" de a empresa criar 400 postos de trabalho em Viana do Castelo, "vai acontecendo ao longo do tempo", dependendo das encomendas.
O responsável adiantou que a prioridade de recrutamento imediata pela West Sea prende-se com a área da reparação naval, que poderá avançar depois de maio.
Até 30 de abril a administração dos estaleiros ainda terá de concluir a venda de vário material móvel da empresa - cerca de 20 mil itens - que ficou fora do concurso da subconcessão. Esse processo será assegurado por cerca de 40 trabalhadores dos ENVC, que, à semelhança dos restantes cerca de 550, aceitaram as rescisões amigáveis dos contratos mas continuam ao serviço, sendo por isso os últimos a saírem da empresa pública.
Segundo a West Sea, além da construção e da reparação naval, o projeto para os estaleiros de Viana, que estão em processo de liquidação, está "muito voltado" para o mercado da prospeção de gás "offshore'.