Demolição da fachada do antigo Cinema de Ermesinde gera contestação da população
João Nogueira
Por questões de segurança, a Câmara de Valongo avançou com a demolição da fachada do antigo Cinema de Ermesinde. A obra, contestada pela população, avançou devido aos problemas estruturais graves na fachada do edifício, que implicava riscos de segurança. No lugar daquele edifício vai nascer a Oficina Municipal das Artes e fonte da autarquia garantiu ao Porto Canal que a fachada histórica do edificado vai ser preservada.
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As redes sociais inundaram-se de comentários de protesto e descontentamento face à demolição da fachada. Tal acontece porque a intervenção não tinha sido antecipada e, de acordo com os planos para a reconversão do antigo cinema, constava a recuperação da estrutura original.
Contudo, em nota de esclarecimento, a autarquia explica que a queda da fachada atual foi determinada pela descoberta de "fragilidades que tornam inviável a recuperação da estrutura original".
A Câmara Municipal de Valongo adquiriu o antigo cinema, que estava abandonado há décadas, com o objetivo de criar um espaço cultural dinâmico e inclusivo para a comunidade.
Ali vai nascer a Oficina Municipal das Artes, que terá uma programação diversa que incluirá teatro, dança, música clássica e contemporânea, um estúdio de gravação, atividades circenses, cinema, fotografia e artes plásticas como pintura e escultura.
Inaugurado nos anos 40 como "Cine-Ermezinde", o edifício é um exemplo do estilo "português suave", caracterizado por uma volumetria imponente e uma fachada com linhas modernistas e estrutura em betão armado.
As obras, iniciadas em novembro de 2023, têm um custo superior a dois milhões de euros e são financiadas pelo PRR.