Covid-19: Centro Hospitalar Cova da Beira nega falta de material de proteção
Porto Canal com Lusa
Covilhã, Castelo Branco, 06 mai 2020 (Lusa) - O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) negou hoje que haja ou tenha havido falta de material de proteção individual naquela unidade de saúde, ao contrário do que foi denunciado pela Secção do Centro da Ordem dos Médicos.
Em comunicado enviado à agência Lusa, esta instituição sediada na Covilhã, distrito de Castelo Branco, lembra que é citada no estudo da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) e questiona a "legitimidade" do estudo, refutando "em absoluto qualquer indício de falta de material ou equipamentos de proteção individual, quer para profissionais, quer para utentes".
"Importa referir que o CHUCB desconhece os métodos e critérios subjacentes ao referido estudo da SRCOM, que alega que '1.003 respostas validadas de médicos que trabalham em hospitais e centros de saúde da região apontam para a falta de pelo menos um tipo de material essencial para o combate à covid-19', questionando-se assim a legitimidade do mesmo", é referido.
O CHUCB frisa ainda que, desde o primeiro momento, "envidou todos os esforços, financeiros e logísticos, na aquisição de dispositivos médicos e material/equipamentos de proteção individual, preparando-se desta forma para o pior dos cenários".
"Assim, em sintonia com a tutela, sob o parecer técnico da Comissão de Controle de Infeção do CHUCB e atendendo às especificidades próprias do trabalho dos seus diferentes grupos socioprofissionais, foram adquiridos e também recebidos a título de donativo os materiais em apreço, nunca se tendo verificado qualquer carência ou rotura de 'stock' de equipamentos de proteção individual, nomeadamente máscaras cirúrgicas e/ou fatos de proteção integral", acrescenta.
De acordo com o referido, o 'stock' diário do CHUCB em termos de equipamentos de proteção individual e demais materiais de proteção é "sempre superior ao consumo diário necessário" e a sua reposição é assegurada diariamente através de "kits integrais preparados para o efeito".
"Desde o início da pandemia, o CHUCB regista um consumo médio mensal na ordem das 25.000 máscaras cirúrgicas e faz o reporte diário do 'stock' de equipamentos de proteção individual para a Administração Regional de Saúde para os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, nunca tendo havido necessidade de recorrer à reserva nacional", salienta.
O CHUCB também destaca que, "desde 01 de janeiro de 2020, não existe na instituição nenhuma notificação feita por profissionais de saúde, de incidente ou evento adverso, relativo a falta de equipamento de proteção individual".
O CHUCB integra o Hospital Pêro da Covilhã e o Hospital do Fundão.
Na segunda-feira, um estudo da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) revelou graves carências de material de apoio e de proteção no combate à pandemia da covid-19 no Serviço Nacional de Saúde.
Segundo as conclusões do estudo, a que a agência Lusa teve acesso, 88% das 1.003 respostas validadas de médicos que trabalham em hospitais e centros de saúde da região apontam para a falta de "pelo menos um tipo de material essencial para o combate à covid-19".
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