Irão elege novo presidente na sexta-feira numa corrida dominada por conservadores

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Porto Canal / Agências

Teerão, 12 jun (Lusa) -- O Irão realiza na sexta-feira eleições presidenciais para escolher o sucessor de Mahmud Ahmadinejad, uma corrida dominada pelos conservadores mas em que a multiplicação dos apoios ao único candidato moderado, Hassan Rowhani, pode gerar tensões.

Na reta final da campanha, que termina oficialmente às 08:00 de quinta-feira, multiplicaram-se os apelos para que os quatro conservadores na corrida desistam em favor daquele que, de entre eles, estiver mais bem colocado para vencer - o presidente da câmara de Teerão, Mohammad Bagher Ghalibaf, ou o negociador nuclear Said Jalili, segundo os 'media' iranianos.

À votação, que se inicia na sexta-feira às 08:00 (04:30 em Lisboa), são chamados cerca de 50,5 milhões de eleitores que deverão escolher um Presidente entre seis candidatos -- cinco conservadores e um moderado -, mas também 207.000 conselheiros locais e municipais.

Moderados e reformadores uniram-se em torno de Hassan Rowhani, cujas hipóteses foram reforçadas com os apoios declarados pelos ex-presidentes Akbar Hachemi Rafsandjani (moderado) e Mohammad Khatami (reformador), e a desistência do outro candidato moderado, Mohamad Reza Aref, a pedido de Khatami.

Rowhani, um clérigo moderado de 64 anos, defende uma política de diálogo com as potências ocidentais nas negociações sobre o programa nuclear iraniano para aliviar as sanções internacionais e os graves problemas económicos delas decorrentes.

Segundo uma das poucas sondagens tornadas públicas, realizada pela agência Mehr junto de 10.000 eleitores, Ghalibaf lidera a corrida com 17,8% das intenções de voto, seguido de Rowhani (14,6%) e de Jalili (9,8%). A dois dias da eleição, 30% afirmam-se indecisos.

Os outros candidatos são o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Ali Akbar Velayati, o antigo responsável dos Guardas da Revolução Mohsen Rezai e o ex-conselheiro municipal de Teerão Mohammad Gharazi.

O ambiente eleitoral é descrito por 'media' internacionais como "muito controlado". Os comícios na rua foram proibidos, só podendo realizar-se em estádios e pavilhões, e as candidaturas aprovadas pelo Conselho dos Guardiães da Constituição são dominadas pelos conservadores próximos do guia supremo, o ayatollah Ali Khanemei, para evitar a contestação que marcou as eleições de há quatro anos.

Os dois "rostos" do "movimento verde" pró-reformador de 2009, Mir Hossein Musavi e Mehdi Karubi, continuam em prisão domiciliária e as candidaturas de destacadas figuras moderadas, como o ex-presidente Rafsandjani, foram recusadas - segundo o próprio, por pressão de "um alto dirigente da segurança" do regime.

Num discurso pronunciado hoje, o ayatollah Khamenei voltou a apelar à participação na eleição: "Sim, insisto numa presença maciça dos iranianos na eleição, porque isso vai desencorajar os inimigos que pretendem reduzir a pressão (exercida pelas sanções internacionais) e escolher outra via".

MDR // MLL

Lusa/Fim

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