Ucrânia: Ex-imigrante em Portugal diz que muita gente está pronta a "resistir ou morrer"

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Porto Canal / Agências

Kiev, Ucrânia 20 fev (Lusa) - Um antigo imigrante ucraniano em Portugal, Sergei Sheyndryk, que está entre os manifestantes na praça da Independência em Kiev, disse hoje à agência Lusa que no ambiente de "autêntica guerra civil" há muita gente pronta a "resistir ou morrer".

Em contacto telefónico a partir do centro de Kiev, Sergei Sheyndryk disse que a Ucrânia está a viver uma "autêntica guerra civil" entre forças governamentais e os manifestantes que querem derrubar o Presidente Viktor Ianukovitch, mas considerou que a "luta é desigual" dada a disparidade de armamento entre as duas fações.

Segundo este ucraniano, "há muita gente a ajudar" os manifestantes, levando medicamentos ou comida.

"Ninguém sai daqui, e vem mais gente para resistir ou morrer", disse, manifestando a "esperança no nascimento de uma nação livre".

Sheyndryk lamentou terem pouca informação no terreno - "se calhar em Portugal têm mais do que nós neste momento" -, mas disse ter "esperança que isto seja o nascimento de uma nação livre, sem comunistas nem bandidos".

O ucraniano contou que a polícia voltou hoje a "abrir fogo" sobre os manifestantes, causando muitos feridos e mortes".

Segundo noticiou a AFP, os confrontos entre manifestantes armados e a polícia na capital da Ucrânia, provocaram pelo menos 25 mortos, apesar do cessar-fogo em vigor desde quarta-feira.

"Agora está mais calmo, mas os ataques podem vir de todos os lados. Neste momento estou no centro da revolução, a ajudar a erguer barricadas, estamos na defesa de um ponto de urgência", detalhou.

Sergei, de 49 anos, trabalha com uma empresa portuguesa do norte de Portugal que importa madeira desde a Ucrânia, negócio que ainda não foi afetado, adiantou.

Chegou a Portugal em 2000 e em 2007 regressou ao país natal.

A crise política na Ucrânia começou em finais de novembro quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a decisão do presidente de suspender os preparativos para a assinatura de um acordo de associação com a União Europeia e de reforçar as relações com a Rússia.

A situação agravou-se na terça-feira à noite com violentos confrontos entre a polícia e manifestantes na praça Maidan, junto ao parlamento de Kiev, provocando desde então mais de 50 mortos.

GYS // VM

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