"Estamos preparados" para os testes do BCE - presidente do BCP

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 04 nov (Lusa) - O presidente do BCP considerou hoje que o banco está "preparado" para as avaliações de ativos e o testes de 'stress' que o Banco Central Europeu (BCE) vai levar a cabo aos bancos europeus e que começam já este mês.

"Os 'stress tests' e a revisão da qualidade dos ativos é mais um exame que vamos ter de passar. Pensamos que estamos preparados e todos os trimestres estaremos melhor preparados", disse Nuno Amado na apresentação de resultados do terceiro trimestre do BCP, em Lisboa.

O BCP apresentou prejuízos de 597 milhões de euros até setembro, valor que compara com o prejuízo de 796 milhões de euros em igual período de 2012.

Sobre os testes de resistência, que porão os balanços dos bancos sob um cenário de degradação da conjuntura económica e financeira, o presidente do BCP disse que ainda não se conhece a metodologia e que "depende muito dos pressupostos" a forma como o banco passará nesses exames, mas recordou que o BCP passou os testes de 'stress' levados a cabo pela Autoridade Bancária Europeia (EBA em inglês).

O BCE vai começar já em novembro a avaliação ao balanço de 130 bancos europeus, dos quais quatro portugueses - BPI, BCP, Caixa Geral de Depósitos e Grupo Espírito Santo (que detém o BES) -, a qual estará terminada em outubro de 2014.

A avaliação do BCE será composta por três fases: uma análise à qualidade do balanço dos ativos dos bancos (à data de 31 de dezembro deste ano), uma análise dos principais riscos que se colocam a cada entidade (liquidez, alavancagem ou financiamento) e testes de 'stress'.

O BCE ainda não divulgou os cenários de tensão a que os bancos serão sujeitos nos testes de resistência, como degradação da economia e exposição à dívida pública, mas já informou que vai exigir um rácio de capital mínimo 'core tier 1' (segundo os critérios de Basileia III) de 8%.

Nos últimos anos, a EBA levou a cabo vários testes de stress, tendo sido criticada por não ter detetado falhas em bancos que viriam a dar problemas e a precisar de ajuda, caso do irlandês Anglo Irish Bank.

Agora, o BCE quer dar credibilidade a estes exercícios e fortalecer o balanço dos bancos da zona euro antes de assumir a supervisão bancária única, em 2014, um dos mecanismos da futura União Bancária.

Para o BCE, estes exames vão dar "a transparência" necessária ao sistema bancário europeu e aumentar a confiança quer de depositantes, quer de investidores.

Entre os 130 bancos incluídos nesta avaliação do BCE, 24 são alemães, 16 de Espanha e 15 de Itália.

IM// ATR

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