Sydney, Austrália, 24 mar (Lusa) -- O primeiro-ministro australiano, Malcom Turnbull, indicou a Síria como sendo a raiz do terrorismo 'jihadista', dois dias depois do atentado de Bruxelas reivindicado pelo Estado Islâmico, avança hoje a imprensa local.

"Embora os ataques na Europa e noutros lugares pareçam inevitáveis, a génese de muitos dos problemas atuais encontra-se na Síria", disse Turnbull, na quarta-feira à noite, num discurso no Instituto Lowy, em Sydney, citado pela agência local AAP.

"Derrotar o Estado Islâmico na sua origem limitará significativamente o seu alcance no Ocidente", frisou.

Turnbull assegurou que os ataques na capital belga, que causaram mais de três dezenas de mortos e mais de duas centenas de feridos, provam que a violência 'jihadista' alcançou "um ponto crítico".

Também assinalou que o atentado reflete "as fronteiras porosas" da Europa onde a crise dos refugiados está a ser aproveitada pelo Estado Islâmico para enviar os seus agentes para esse continente.

"Para todos os efeitos e propósitos, não há fronteiras internas na Europa e as suas fronteiras externas são difíceis de gerir", afirmou o primeiro-ministro australiano.

Turnbull reiterou que a Austrália está em melhor condições do que os países europeus na tarefa de fazer face a uma ameaça do terrorismo devido à 'fortaleza' das agências de inteligência, à segurança das fronteiras e êxito da sua sociedade multicultural.

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