Câmara de Matosinhos apoia familiares de pescadores locais vítimas de naufrágio
Porto Canal / Agências
Matosinhos, 10 mar (Lusa) -- A Câmara de Matosinhos anunciou hoje ter acionado "todos os mecanismos de apoio" aos familiares dos dois pescadores portugueses vítimas do naufrágio do pesqueiro Santa Ana, que ocorreu próximo do cabo Peñas (Astúrias), em Espanha.
A autarquia adiantou que duas equipas de psicólogos estão já a prestar apoio à família do pescador Francisco Rodrigues, de 63 anos, natural de Leça da Palmeira, uma das duas vítimas mortais já confirmadas, e à família do pescador Vítor Braga, natural de Matosinhos, que se encontra ainda desaparecido.
"Além deste apoio, a Câmara Municipal irá disponibilizar todos os meios que sejam necessários para minorar o sofrimento e a dor destas famílias", acrescenta a autarquia.
O naufrágio causou dois mortos, um português e um espanhol, e estão seis tripulantes desaparecidos (um português, três espanhóis e dois indonésios), tendo sido resgatado com vida o capitão do navio, de nacionalidade espanhola.
O estado do mar e a forte rebentação nas rochas impediu uma primeira tentativa de mergulhadores da Guarda Civil espanhola chegarem ao interior do navio pesqueiro português Santa Ana, que hoje naufragou próximo de Cabo Peñas (Astúrias).
Fonte do Salvamento Marítimo espanhol disse à Lusa que elementos do Grupo Especial de Atividades Subaquáticas (GEAS) da Guarda Civil estiveram na zona, mas não conseguiram chegar ao navio.
"Estiveram a avaliar a situação e não foi possível realizar a imersão. A zona é de forte rebentação e muito perigosa", disse, ao início da tarde, confirmando que as operações de busca e salvamento continuam com meios aéreos e marítimos.
Imagens difundidas pelo Salvamento Marítimo mostram destroços da embarcação junto a rochas, sendo ainda visíveis algumas das balsas salva-vidas da embarcação Santa Ana.
"As balsas devem ter-se ativado automaticamente. Quando se recolheram confirmou-se não estar ninguém no seu interior", disse a fonte oficial espanhola.
Segundo a fonte, uma equipa de mergulhadores está a caminho da zona, a bordo do navio Salvamar Rigel, um dos que participou desde a madrugada nas operações de busca.
"Vão para a zona e vão novamente avaliar se é possível aceder ao interior do navio. A situação é muito complicada e há graves riscos", disse.
Armando Soares, representante em Portugal do armador do navio, Pescas Balayo, disse à Lusa que o naufrágio pode ter sido causado por um baixio.
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