Novo Banco: Reestruturação fará instituição centrar-se nas áreas principais e deixar as restantes

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 21 dez (Lusa) -- O Novo Banco irá concentrar a sua atividade nas operações principais, saindo de áreas e mercados não estratégicos, disseram hoje em comunicados o Banco de Portugal e o Novo Banco, referindo-se à reestruturação acordada com Bruxelas.

"Nos termos do acordo alcançado com a Comissão Europeia, o Novo Banco prosseguirá o esforço já iniciado no sentido de se focar nas áreas de negócio que constituem o essencial da sua atividade e reduzirá gradualmente a sua participação em áreas de negócio e em mercados considerados não estratégicos", lê-se na nota do supervisor e regulador bancário, hoje divulgada.

O comunicado do Banco de Portugal é semelhante ao feito hoje de manhã por Bruxelas sobre o mesmo assunto, em que anunciou o relançamento do processo de venda da instituição em janeiro, o prolongamento do prazo para a venda do Novo Banco para lá de agosto de 2016, sem estabelecer qual a nova data, e a renovação das garantias concedidas pelo Estado português para emissões de obrigações do BES que passaram para o Novo Banco, no valor nominal de 3,5 mil milhões de euros.

Para o regulador bancário, o estabelecimento de condições de reorganização para o Novo Banco significa menos "um fator de incerteza quanto à atividade futura do banco", o que, a somar-se aos resultados já conhecidos dos testes de 'stress', contribui "positivamente para o relançamento do processo de venda da participação do Fundo de Resolução".

Também hoje o Novo Banco fez um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sobre os compromissos estabelecidos com Bruxelas, em que refere a reestruturação que irá avançar na instituição.

"A reestruturação passa pela concentração nas áreas de negócio que constituem o essencial da atividade do Novo Banco e na redução progressiva da atividade em áreas de negócio e geografias não estratégicas", lê-se no comunicado ao mercado, em que a entidade liderada por Stock da Cunha afirma que com isso "deverá melhorar a sua rentabilidade e a sua eficiência, ajustando-se à realidade do mercado e continuando a responder adequadamente às exigências a que se encontra sujeito".

Depois da primeira tentativa de venda do Novo Banco ter falhado, em setembro, o Banco de Portugal cancelou o processo.

O Banco de Portugal já tinha dito que, caso seja necessário, "existem argumentos que justificam a extensão do prazo de dois anos" para a venda do banco.

O Novo Banco apresentou recentemente o plano de recapitalização ao Banco Central Europeu (BCE) e o plano de reestruturação à Direção da Concorrência da Comissão Europeia e o Banco de Portugal contratou o ex-secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, para liderar a venda do banco de transição, cujo acionista é o Fundo de Resolução.

IM// ATR

Lusa/fim

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