Percurso entre Póvoa de Varzim - Porto aumentou 1 hora. Utentes estão consternados com a UNIR
Porto Canal
Há precisamente uma semana, a Área Metropolitana do Porto (AMP) passou a ter uma nova rede de transporte público rodoviário, a UNIR.
Antes da entrada em funcionamento do novo serviço, multiplicaram-se as queixas dos utilizadores, sobretudo, por causa dos atrasos na divulgação dos horários.
As críticas voltaram a intensificarem nos primeiros dias de operações. Em causa, estão a falta de informação, os acessos difíceis e também a supressão de vários autocarros em algumas linhas.
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O Porto Canal teve acesso a uma denúncia de um grupo de passageiros - constituído por estudantes e trabalhadores - da atual linha 3503 que liga a Póvoa de Varzim ao Porto, onde criticam a “alteração do percurso”, uma situação que acarreta “tempo à deslocação”.
Antes da entrada em funcionamento da UNIR, os utilizadores faziam o percurso pela Nacional 13, que passava pela Via Norte, Circunvalação e pelo Hospital São João.
O novo trajeto, “a partir da rotunda de Padrão de Moreira” passou a ser feito pelo interior da região, ou seja, os autocarros viajam “por uma série de localidades de Matosinhos, em direção a Montes Burgos, zona essa que é servida pelos STCP e outros operadores”, lê-se na carta dos utilizadores que foi enviada ao presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira.
Algo que é incompreensível e “inútil” para o conjunto de indivíduos, visto que os veículos da UNIR não podem parar naquelas paragens de autocarro.
Com esta mudança, as viagens passaram a ter mais 1 hora, isto é, 4 horas em ambos os sentidos, tornando-se, na opinião dos passageiros, “impossível compatibilizar os horários das viagens com o horário de trabalho e com os horários das escolas e/ou creches dos nossos filhos, impedindo o apoio à família”.
A par do acréscimo no percurso, existem utilizadores que viram a sua paragem de autocarro ser extinguida: “há utentes que iam trabalhar para a zona da SONAE e agora viram subtraído o seu direito à mobilidade”, pode ler-se na denúncia.
A carta dos utilizadores termina com um pedido dirijido ao autarca da Póvoa de Varzim para que este ressolva a reformulação do percurso.
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