"Somos unidos". Trabalhadores do JN protestam em frente ao Conselho de Ministros
Porto Canal
Um grupo de cerca de 50 trabalhadores do Jornal de Notícias (JN) está a manifestar-se, esta tarde, em frente à Câmara Municipal de Porto, onde decorre a reunião do Conselho de Ministros.
Nem mesmo a chuva que marcou todo o dia desta quinta-feira desmobilizou os jornalistas do JN, em greve pelo segundo dia consecutivo.
Simbolicamente, os trabalhadores do baluarte das notícias da região do Norte fizeram o curto percurso que ligava a sua redação ao coração da cidade - a Câmara Municipal -, caminho esse que se tornou maior com a sua expulsão da icónica “Torre do Jornal de Notícias”.
Desde o edifício na rua Gonçalo Cristóvão, passando pela Trindade e até chegar à Avenida dos Aliados ouviram-se frases de ordem como “Notícia de Última Hora: JN não vai embora”.
Ao Porto Canal, Rita Salcedas reforça a importância do JN, enquanto órgão de comunicação social não sediado na capital: “Nós todos os dias fazemos milagres ao produzir o que produzimos, tanto nas bancas como no site, porque somos uma redação que tem a sua sede fora do centro de poder e decisões o que por si só traz obstáculos ao trabalho diário.
“O que aqui está a acontecer hoje é muito importante porque mostra que apesar de todos os desafios que nos são impostos todos os dias, estamos juntos e somos unidos”, acrescenta a jornalista.
Em comunicado interno, na quarta-feira, o Global Media Group (GMG) anunciou que vai negociar “com caráter de urgência” rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.
A greve, que engloba os trabalhadores das várias publicações do Global Media Group - que inclui o JN, TSF e O Jogo -, vai terminar às 23h59 desta quinta-feira, dia 7 de dezembro.