“Precisamos de ajustar as zonas de paragem” da rede UNIR devido ao elevado volume de obras na cidade do Porto, afirma Eduardo Vítor Rodrigues

“Precisamos de ajustar as zonas de paragem” da rede UNIR devido ao elevado volume de obras na cidade do Porto, afirma Eduardo Vítor Rodrigues
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Porto Canal

Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), afirma que à data do lançamento do concurso da rede UNIR, a nova rede metropolitana de autocarros da AMP, há três anos atrás, a cidade do Porto não tinha o volume de obras que tem atualmente e devido a esse fator houve a necessidade de “ajudar as zonas de paragem”.

“Há três anos quando lançamos o concurso, a cidade do Porto não estava como está hoje e, portanto, nós precisamos de ajustar as zonas de paragem para saída dos passageiros que não estavam previstas, porque não havia o volume de obras que hoje a cidade tem”, explica em declarações ao Porto Canal.

“Mas tudo de uma forma muito tranquila”, assegura.

O presidente da AMP garante que está a “ser feito de tudo e o presidente Rui Moreira sabe disso”. “Está a ser feito tudo para que esta seja a grande revolução do transporte público na área metropolitana”, afirma Eduardo Vítor.

No passado domingo, o Porto Canal noticiou que a Câmara do Porto está preocupada com o que considera ser a “total descoordenação” da gestão operacional da UNIR. Fonte da autarquia revelou ao Porto Canal um plano de fiscalização às empresas e “tolerância zero” no arranque das operações, agendado para 1 de dezembro.

No centro da polémica está o mapa da rede da nova entidade, gerida pela Área Metropolitana, apresentado a 17 de novembro, que fixa locais de paragem e transbordo de passageiros na cidade do Porto em locais considerados não autorizados pela Câmara.

A nova rede de autocarros UNIR vai operar a partir de 1 de dezembro em todos os Municípios da Área Metropolitana exceto no Porto, uma vez que os STCP detêm a exclusividade da operação no interior da cidade. Na cidade do Porto, os autocarros UNIR poderão circular mas só terão permissão para operar nos terminais ou interfaces definidos pelo município: Terminal de Campanhã, Polo Intermodal da Asprela - Hospital de São João, Terminal Parque das Camélias e Terminal do Bom Sucesso/Casa da Música.

A Câmara do Porto insta, por isso, a UNIR a “cumprir com aquilo que está protocolado”, pois “qualquer tentativa de adulterar este processo falha não só para com o Município, mas também perante um conjunto de outras entidades”. A autarquia ressalva ainda que não vai “tolerar abusos na recolha e no transbordo de passageiros em zonas não autorizadas” e denuncia que todo o processo está a ser gerido “de forma atabalhoada e pouco profissional".

Com a aproximação do dia de início das operações da UNIR, agendado para 1 de dezembro, a Câmara do Porto já mobilizou tanto a Polícia Municipal, como a Polícia de Segurança Pública, para que ambas fiscalizem de forma “ativa” os operadores de transporte sob a marca UNIR, para as quais promete “tolerância zero” face ao incumprimento das normas municipais.

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