Transportes públicos no Porto sobrelotados. “Há pessoas que não conseguem entrar à primeira. Está cada vez pior”
Porto Canal
Os problemas de mobilidade no Porto não são novos, com queixas sobre os transportes públicos que tendem a piorar com a chegada do mau tempo. E o ano de 2023 não é excepção: um pouco por toda a cidade as horas de ponta são marcadas por longas filas para entrar nos autocarros e nas carruagens de metro.
São oito da manhã e já centenas as pessoas percorrem a Estação da Trindade do Metro do Porto. Os minutos passam e os relatos mantêm-se idênticos: “às horas de ponta é bastante caótico, tenho de ir sempre de pé e quase não se cabe lá dentro, é mesmo muito mau”.
Se por um lado andar de carro no Porto é uma verdadeira ‘dor de cabeça’ por causa do trânsito, utilizar os transportes públicos durante a semana nas horas de ponta é igualmente desafiante. Os constrangimentos são, para os utilizadores, cada vez maiores. Muitos não conseguem entrar na primeira carruagem e ficam por terra à espera de uma nova composição onde consigam prosseguir viagem. “Já é certo que qualquer viagem de metro que faça para ir para o trabalho, será feita de pé e em modo ‘sardinha enlatada’”, revela Marta Faria, utilizadora diária da Linha Amarela.
Em resposta ao Porto Canal, a Metro do Porto reconheceu que “a procura na rede do Metro do Porto tem vindo a crescer exponencialmente ao longo desde ano”, tendo atingido no mês de maio de 2023 aproximadamente 7,4 milhões de validações.
Questionada pelo Porto Canal, a Metro do Porto não esclarece se a operação foi reforçada com o aumento de utilizadores, mas afirma que durante o mês de outubro a entrada em circulação dos novos veículos vai contribuir para reforçar e melhorar o serviço, um reforço que foi divulgado em primeira mão pelo Porto Canal.
O dia 9 de maio de 2023, data do Cortejo Académico do Porto, registou um novo máximo de validações diárias, com 320 mil viagens efetuadas. Segundo a empresa, tudo aponta para que 2023 se torne no ano com mais validações do Metro do Porto, superando assim os valores do ano de 2019.
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