“Um dia vai haver uma tragédia”. Há cada vez mais casos de lasers apontados a pilotos durante aterragens no Porto

“Um dia vai haver uma tragédia”. Há cada vez mais casos de lasers apontados a pilotos durante aterragens no Porto
| Porto
Ana Francisca Gomes

Há cada vez mais casos reportados de lasers que são apontados a aviões durante a fase de aterragem. A NAV Portugal alerta para a prática “altamente prejudicial” para os pilotos e passageiros que transportam.

Nos últimos dois dias, José Correia Guedes, antigo comandante da TAP, tem recorrido às suas redes sociais para partilhar alguns casos e alertar para os perigos desta prática.

 

Nas passadas quarta e terça-feira reportou dois casos no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto, mas a prática acontece um pouco por todo o país. “A informação que tenho é da NAV - que controla o espaço aéreo português – e diz que está a acontecer em média um episódio por dia no espaço português: Lisboa, Porto, Faro e Funchal”, alertou José Correia Guedes ao Porto Canal.

Os episódios terão começado entre 2016 e 2017 – altura em que se começou a difundir mais a tecnologia de lasers – “mas o grau de incidência tem aumentado tanto nos últimos tempos” que ao antigo piloto receia que “um dia possa haver uma tragédia”.

 

Para José Correia Guedes, que passou mais de metade da sua vida ao serviço da TAP, é difícil entender o que levaria uma pessoa a pontar uma luz laser para um avião no momento de aterragem: “é um disparate, uma irresponsabilidade e uma inconsciência”.

“Talvez as pessoas que fazem estes disparates não tenham a noção do perigo que estão a causar e é por isso que eu peço às pessoas e à comunicação social que divulguem isto, porque é um risco enorme. Antes que haja uma tragédia, temos que acabar com isto. Não sei se vamos conseguir, a polícia só não chega. Vai ter que ser um ato de civismo, as pessoas têm que denunciar os infratores”, declarou.

O Porto Canal confirmou junto de fonte da NAV Portugal de que esta é uma “prática recorrente” e que tem sido reportada às autoridades. “É uma atividade que nos preocupa e que é altamente prejudicial”.

 

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