37 novos radares de velocidade começam a funcionar esta sexta-feira. Cuidado com a A3, A42 e EN211
Francisco Graça
Mais radares, mais multas, limites de velocidade controlados e um recorde de vigilância. Está em curso uma das maiores operações de segurança rodoviária da história recente de Portugal.
Esta sexta-feira entram em funcionamento 37 novos radares. O Norte vai ter radares de velocidade média na A3 na Trofa, na A42 perto de Paços de Ferreira e na N211, à entrada do Marco de Canaveses.
O Governo prevê que estes novos radares venham a gerar 13 milhões de euros, há quem fale em “caça à multa”, expressão que a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) rejeita determinantemente.
“Depois de 2018, da instalação de radares, diminuímos de seis infratores em cada mil fiscalizados para metade, três infratores em cada mil. Nesses locais notámos ainda que a sinistralidade foi dramaticamente reduzida, tivemos menos 36% de acidentes com vítimas e menos 74% de vítimas mortais”, enumera Rui Ribeiro presidente da ANSR. “Isto desmistifica essa expressão ‘caça à multa’. Estamos aqui a salvar vidas, não estamos a contar os tostões”.
Esta é a primeira fase do processo de duplicação dos locais fiscalizados. A ANSR quer instalar um total de 62 novos pontos de controlo de tráfego. Entre as novas máquinas, que custaram 5,6 milhões de euros, encontra-se a que tem gerado maior curiosidade, por ser inovadora em território português: os radares de velocidade média. Os dispositivos permitem "o controlo da velocidade média entre dois pontos e a capacidade para medir, em simultâneo, a velocidade de vários veículos", explica a ANSR.
“Fomos estudar os locais onde há acidentes”, conta Rui Ribeiro. “Nestes 62 locais selecionados, houve 115 vítimas mortais nos últimos cinco anos. [Os radares] foram colocados cirurgicamente”. “Depois deste bolo de 62 novos radares vamos estudar, tirar ilações para uma eventual proposta de mais radares”.
Há precisamente 12 novos radares de velocidade média espalhados pelo país que começam a funcionar esta sexta-feira. 70% estão localizados em estradas nacionais (EN) e itinerários principais (IP) e complementares (IC), escolha concreta por concentrarem 47% das vítimas mortais registadas. A lista completa de radares pode ser consultada no site www.radaresavista.pt.
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