Câmaras de videovigilância do Porto não têm reconhecimento de inteligência artificial
Porto Canal
Na Assembleia Municipal da noite da passada quinta-feira, os deputados mostraram a sua preocupação relativamente ao sistema de videovigilância e a relação com os sistemas de inteligência artificial.
Tal como noticia o Jornal de Notícias, os deputados questionaram o direito à privacidade e o facto de os agentes da PSP, que são responsáveis por controlar e monitorizar as câmaras, terem acesso em tempo real e via inteligência artificial a eventuais problemas na cidade.
Rui Moreira respondeu que “neste momento não temos modelos de inteligência artificial que façam reconhecimento”, mas salienta que a polícia pode mudar a sua estratégia conforme os instrumentos que têm.
O Presidente da Câmara Municipal do Porto explicou que não podem entrar na sala, não têm acesso e aquilo que sabe “é que os meios não permitem fazer identificação facial”.
Rui Moreira salientou ainda que o município não tem nenhuma outra intervenção depois da montagem do sistema na cidade.
As câmaras de videovigilância instaladas na cidade do Porto foram ligadas no fim do passado mês de junho. Para já são 78 as câmaras que vão passar a auxiliar o trabalho da Polícia de Segurança Pública (PSP), mas numa segunda fase serão instaladas mais 117.
Todas as câmaras estão devidamente identificadas, uma vez que a lei obriga a que não haja câmaras ocultas.
As câmaras já instaladas localizam-se entre o Marquês e a Ribeira. Mas numa segunda-fase, serão instaladas nas zonas de Lordelo, Foz, Dragão, Asprela, Serralves e Campanhã.
Com a instalação de mais 117 camaras, o orçamento da videovigilância ascende aos 4 milhões de euros.