Músicos invadem Stop e retiram selo de encerramento
Porto Canal
Na manhã desta terça-feira, alguns músicos do Centro Comercial Stop invadiram cerca de 38 lojas e retiraram o selo de encerramento em forma de protesto.
A Polícia Municipal foi chamada à Rua do Heroísmo e o Porto Canal sabe que vai ser colocado novo selo e apresentada queixa no Ministério Público.
Recorde-se que há uma semana foram encerrados 105 espaços pelas autoridades por não possuírem licença de utilização. O executivo da Câmara do Porto foi na segunda-feira unânime em concordar que o município deve assumir como prioridade a manutenção do centro comercial Stop como um "polo cultural".
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, à margem da reunião do executivo, afirmou que, apesar da discordância quanto à forma como foram seladas as lojas, o empenho da autarquia em garantir o funcionamento do Stop é algo que "une todos" os partidos.
Por sua vez, o administrador do condomínio aceitou a "solução temporária, provisória e condicionada" do município de forma a que os músicos regressem às instalações, nomeadamente o respeito pelo horário de 12 horas de funcionamento do Stop, zelar pela correta utilização da instalação elétrica e colaboração com o regimento de sapadores e com a câmara.
Após revelar que o processo de licenciamento em curso é do condomínio e que este possui um orçamento de cerca de 190 mil euros - o documento apresentado na reunião com o autarca e que o município tornou público é de 2019 – o responsável precisou que esta verba “serve apenas para pagar as despesas”.
Sobre as obras necessárias, foi perentório: “As obras dificilmente serão feitas”, disse, divulgando logo de seguida que “o projeto de alteração implicava seis milhões de euros”.