FC Porto: Jamor, aqui vamos nós. Crónica de jogo
Porto Canal
O FC Porto qualificou-se para a final da Taça de Portugal ao bater nesta quinta-feira o Famalicão após prolongamento (3-2), no Estádio do Dragão, na 2.ª mão das meias-finais da prova. Galeno (27m), Otávio (120m+1) e Evanilson (120m+4) foram os marcadores de serviço nos campeões nacionais, que já tinham ganho por 2-1 na 1.ª mão disputada em Famalicão.
Com cinco novidades em relação ao onze que iniciou o jogo anterior, frente ao Boavista (1-0), o FC Porto entrou de forma personalizada, mas encontrou um adversário bem organizado e que até foi o primeiro a mexer com o marcador. Na sequência de um livre batido por Ivo Rodrigues, Jhonder Cádiz desviou com subtileza e desfeiteou Cláudio Ramos, que nada pôde fazer para evitar o golo dos famalicenses (21m). Na resposta, Matheus Uribe entrou de rompante na área adversário e foi derrubado no momento de visar a baliza, mas Manuel Mota nada assinalou (24m).
Convidado pelo VAR a ver as imagens do lance, o árbitro de Braga fez o que lhe competia e apontou para a marca dos 11 metros, pois Matheus Uribe foi pontapeado na barriga aquando do remate. Chamado a cobrar o castigo máximo, Galeno não vacilou e atirou a contar para o 1-1 (27m), estabelecendo o 1-1 registado ao intervalo. A figura maior da segunda parte acabou por ser Iván Jaime, que já depois de ter acertado no poste (61m) fez o 2-1 para o Famalicão (75m) e deixou tudo igual na eliminatória (75m). Matheus Uribe ainda teve o 2-2 nos pés (78m), mas o encontro foi mesmo para prolongamento.
O tempo extra foi totalmente dominado pelo FC Porto, mas foi preciso esperar pelo tempo de compensação do tempo extra para evitar a lotaria dos penáltis. Quando o desempate da marca dos 11 metros parecia uma inevitabilidade, Otávio encheu-se de fé e encheu o pé direito para colocar o FC Porto na final da Taça de Portugal, levando o Estádio do Dragão à loucura (120m+1). O empate chegava para os azuis e brancos reservarem bilhetes para o Jamor, mas ainda haveria tempo para Evanilson regressar aos golos e estabelecer o 3-2 final num contra-ataque desenhado a regra e esquadro (120m+4). A tradição mantém-se e o FC Porto está na final da Taça de Portugal, na qual vai defender o estatuto de detentor do troféu frente ao SC Braga.