Utilização da Ponte Maria Pia no Douro como via ciclável e pedonal permanece sem decisão da IP e municípios

Utilização da Ponte Maria Pia no Douro como via ciclável e pedonal permanece sem decisão da IP e municípios
| Norte
Porto Canal / Agências

A utilização da Ponte Maria Pia, sobre o Douro, como via ciclável e pedonal permanece sem decisão e dependente da "análise conjunta" da Infraestruturas de Portugal (IP) e das câmaras do Porto e de Gaia, assegurou o Ministério das Infraestruturas.

Numa resposta enviada ao grupo parlamentar do PS, a que a Lusa teve hoje acesso, a chefe do gabinete do Ministro das Infraestruturas afirma que "está prevista a análise conjunta pela IP e pelas CM de Gaia e do Porto da utilização da futura ponte D. Maria Pia como via pedonal e ciclável", na sequência do projeto de adaptação do Ramal da Alfândega.

Numa pergunta endereçada ao ministro das Infraestruturas, quatro deputados socialistas do círculo eleitoral do Porto na Assembleia da República questionaram se o Governo ia dar orientações à IP para avançar com a reabertura da Ponte Maria Pia e realizar as intervenções necessárias para tornar aquela infraestrutura pedonal e ciclável.

No documento, Tiago Barbosa Ribeiro, Rosário Gambôa, Maria João Castro e Rui Lage diziam ser "incompreensível" que a ponte, classificada como Monumento Nacional desde 1982, permaneça encerrada há mais de 30 anos, "impossibilitando a sua fruição pelos cidadãos".

O Ministério tutelado por João Galamba esclarece ainda que a última inspeção realizada à ponte, em julho do ano passado, aponta que aquela infraestrutura se encontra num "estado normal de conservação, na sua condição de obra de arte sem exploração".

Em agosto de 2022, em resposta a um conjunto de perguntas sobre a situação da antiga ponte ferroviária Maria Pia, a sua manutenção e projetos futuros, a IP revelou à Lusa que previa analisar com os dois municípios a sua utilização como via pedonal e ciclável

“Relativamente a projetos futuros, informa-se que está em vigor um contrato de subconcessão celebrado com o Município do Porto para adaptação e utilização da plataforma do Ramal da Alfandega, entre os quilómetros 0,491 e 3,359, para fins dos modos suaves de mobilidade, turísticos e/ou lazer, estando prevista na sequência desse projeto a análise conjunta pela IP e pelos Municípios de Gaia e do Porto da utilização futura da Ponte Maria Pia como via pedonal e ciclável”, referiu.

Depois de desativada, vários destinos foram apontados à Ponte Maria Pia, para além do seu desmantelamento, sem nenhum ter chegado a avançar.

Em 2004 foi mesmo assinado um protocolo com as câmaras do Porto e Gaia para a transformação da antiga ponte ferroviária em ciclovia, o que representaria um investimento de 1,5 milhões de euros, ainda sem ser cumprido.

Em 2007 a Refer assinalou os 130 anos da Ponte Maria Pia com o anúncio de um investimento de dois milhões de euros na pintura da estrutura.

Três anos depois, em 2010, uma empresa de atividades ao ar livre tentou, em vão, obter autorização para realizar saltos de bungee jumping daquela ponte sobre o Douro.

Já em 2013, e no âmbito do Concurso Internacional de Ideias Norte 41, dois arquitetos propuseram a relocalização da Ponte Maria Pia no interior do quarteirão da Companhia Aurifícia.

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