Bruno Costa Carvalho: "Negócios que Paulo Gonçalves fez com o Benfica soam-me a pagamento de favores"
Porto Canal
Bruno Costa Carvalho, candidato à presidência do Benfica em 2009 e 2020, já reagiu à condenação de Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico da SAD do clube encarnado.
Numa publicação na rede social Facebook, Bruno Costa Carvalho escreveu ainda que quer um clube "ganhador, mas por competência e não por trafulhice", acrescentando que, enquanto Benfiquista, estas situações o envergonham "profundamente".
"Ninguém conte comigo para branquear situações destas ou compactuar com práticas menos lícitas dentro do meu clube", afirmou o candidato à presidência do clube das águias.
De recordar que Paulo Gonçalves foi condenado a dois anos e seis meses de prisão com pena suspensa por crime de corrupção ativa, no âmbito do processo E-toupeira. Por sua vez, José Augusto Silva foi condenado a cinco anos de prisão, também com pena suspensa, tendo Júlio Loureiro sido absolvido.
Segundo um auto do Ministério Público, José Augusto Silva, técnico do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, era suspeito de passar informações confidenciais ao jurista da SAD das 'Águias'. Enquanto que Júlio Loureiro era também um oficial de justiça que compactuava no roubo de credenciais de acesso ao sistema informático da justiça.
O ex-assessor jurídico do Benfica estava acusado de um crime de corrupção ativa, seis de violação do segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, também nove de violação do dever de sigilo, em coautoria, dois crimes de acesso indevido e dois de violação do dever de sigilo.
O caso E-Toupeira remonta a 2018 e, segundo a acusação do Ministério Público, o presidente da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios aos dois funcionários judiciais, por parte de Paulo Gonçalves, a troco de informações sobre processos em segredo de justiça, envolvendo o Benfica, mas também clubes rivais.