Afinal, Centro Hospitalar de Gaia não aceitou protocolo com Universidade Fernando Pessoa
Porto Canal
A administração do Centro Hospitalar de Gaia e Espinho recusou o protocolo com a Universidade Fernando Pessoa para o curso de medicina que foi aprovado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).
A informação foi avançada pelo jornal Público e confirmada pelo centro hospitalar ao Porto Canal. “O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia esclarece que tendo recebido uma proposta de protocolo da entidade em questão, deliberou o Conselho de Administração pela não assinatura do referido protocolo”. Mais adianta que a recusa do protocolo foi “remetida para o Conselho de gestão do Hospital Fernando Pessoa a 15 de outubro de 2021”.
Foi nesse mesmo ano e mês que a universidade remeteu a proposta do curso de medicina para a A3ES, que acabou por ser aprovada. Recorde-se que a Universidade Fernando Pessoa estava, desde 2010, a tentar abrir um curso de Medicina e chegou, inclusivamente, a assinar um protocolo com o centro hospitalar em questão em 2017. No entanto, a administração da altura cessou funções no mesmo ano.
Esta, por sua vez, recusou a parceria, mas, de acordo com os protocolos de colaboração da Universidade Fernando Pessoa, o CHVNGE consta na lista de parceiros que irá receber os alunos do novo curso para formação. Também no relatório da A3ES e no parecer negativo da Ordem dos Médicos o centro hospitalar é um dos parceiros.
De acordo com o Público, os outros centros hospitalares que constam nos protocolos de colaboração com a Universidade Fernando Pessoa –Entre-Douro e Vouga e Tâmega e Sousa – confirmam que acordaram com universidade privada receber os seus alunos de Medicina.
Universidade queria 100 vagas, mas só conseguiu 40
É o segundo curso de Medicina, no país, numa universidade privada, mas nem tudo está a correr como o planeado.
Um dos protocolos mais importantes para a Universidade Fernando Pessoa seria o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, por ser o mais diferenciado da lista.
Mas, para além de perder esse parceiro, a universidade não conseguiu garantir 100 vagas, como idealizava. Na sua proposta, a instituição de ensino superior garantia 20 vagas para candidatos nacionais, 80 para candidatos da União Europeia e de países terceiros.
A A3ES aprovou o novo curso de Medicina mas, para além de a acreditação ser condicional e para o período de apenas um ano, a agência reduziu as vagas para mais de metade do espectado. Face às limitações apontadas ao projeto, só foram permitidas 40 vagas numa fase inicial, 60 se tudo correr bem.